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Presidenciais 2021

Marcelo pede que não seja dado "sinal contraditório com o apelo à votação"

20 jan, 2021 - 20:01 • Paula Caeiro Varela

Presidente avisa que abstenção de 70% torna quase inevitável uma segunda volta e lembra que já decorreram votações noutros países em condições “mais graves”.

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Com os números da pandemia a agravarem-se e o horizonte das eleições a aproximar-se, Marcelo Rebelo de Sousa insistiu, esta quarta-feira, na importância da participação eleitoral no domingo. E apelou mesmo a que não seja dado aos portugueses um "sinal contraditório com o apelo à votação".

“São duas coisas que são compatíveis”, disse o Presidente, numa ação de campanha no Liceu Pedro Nunes, em Lisboa. “Uma coisa é ir ponderando a resposta à pandemia, outra coisa é suspender a democracia e a democracia não se deve suspender", afirmou.

O candidato-presidente voltou esta quarta-feira ao seu antigo liceu, Pedro Nunes, para a comemoração dos 115 anos da escola e para uma sessão de esclarecimento com alunos (mais de 60, num auditório, sem contar com vários professores e dezenas de jornalistas).

Já tinha apelado ao voto durante a conversa, longa de mais de 3 horas, que teve com os estudantes. Ninguém perguntou, mas Marcelo Rebelo de Sousa, fez por sua conta: apelou ao voto, insistiu que já perdeu e já ganhou eleições, frisando que uma abstenção de 70% torna quase inevitável uma segunda volta.

No final, já em declarações aos jornalistas, o apelo repetiu-se, com a insistência na necessidade de não dar sinais contraditórios.

Quando questionado pelos jornalistas sobre como deve decorrer um dia de votação quando os números da pandemia se agravam, afirmou que é muito importante que "votem respeitando as regras sanitárias”. “Isso tem acontecido em inúmeras democracias em condições tão graves ou mais graves do que a que estamos a viver, é uma forma de demonstrar o empenho na afirmação da democracia", acrescentou

E ainda voltou a insistir: "Uma coisa é resposta serena e ponderada aos desafios da pandemia, outra coisa é afirmarmos a importância de vivermos em democracia, haja ou não pandemia."

Ainda nas declarações aos jornalistas, o Presidente foi confrontado com o facto de, a dado momento, ter falado em "290 mortos" em vez de 219. O número circulou por várias mensagens durante a manhã e também circulou nas redes oficiais, mas o boletim oficial da DGS apontou 219. Perguntado sobre se era lapso ou tinha outra informação diferente, Marcelo Rebelo de Sousa apenas disse: "Ah, são 219? Então 219".

Com as ações de campanha reduzidas ao mínimo, disse, esta quinta-feira o dia será dedicado ao setor da Saúde, mas desta vez numa visita ao Porto.

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