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​Presidenciais. Vitorino Silva quer levar a as questões ambientais a Belém

16 jan, 2021 - 19:40 • Lusa

"Às vezes os políticos têm medo de falar de questões ambientais e eu pergunto-me porquê”, questionou o candidato à Presidência da República.

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O candidato presidencial Vitorino Silva sublinhou, este sábado, a necessidade de falar sobre as questões ambientais, considerando que a classe política tem medo de o fazer, e comprometeu-se a levar estes problemas a Belém, seja ou não eleito.

“Estou contente por trazer este tema à baila. Às vezes os políticos têm medo de falar de questões ambientais e eu pergunto-me porquê”, disse Vitorino Silva durante uma conversa por videoconferência com uma associação da vila de Sobrado, em Valongo.

O tema em concreto que hoje “trouxe à baila” foi o aterro da Recivalongo em Sobrado, que é há vários anos contestado pela população e pela Associação Jornada Principal, que durante cerca de 40 minutos expôs as suas preocupações ao candidato a Presidente da República.

“Ainda nem pensava ser candidato e estive aí de forma anónima”, recordou Vitorino Silva, afirmando que agora que “os focos” estão virados para si, quer que a causa dos habitantes desta vila também seja iluminada.

E, para isso, assegurou que faria chegar aos restantes candidatos este problema.

“Eu quero sete cartas, uma para mim e depois entrego uma a cada candidato. Quem ganhar as eleições tem já um problema para resolver”, repetiu, comprometendo-se a ir pessoalmente a Sobrado, a caminho de Lisboa no domingo, para as ir buscar.

No final da conversa, o candidato reforçou a necessidade de discutir e resolver os problemas ambientais, para bem das gerações futuras.

“Eu nasci na altura certa, mas tenho a certeza que os nossos jovens não dizem o mesmo, porque não encontraram o planeta tão bem como nós. Temos de criar condições para que as próximas gerações encontrem o planeta tão bem como nós os encontramos”, sublinhou.

Pelo segundo dia consecutivo, Vitorino Silva optou por fazer campanha à distância e a partir de casa, na freguesia de Rans, concelho de Penafiel (Porto), cumprindo o confinamento geral que entrou em vigor na sexta-feira.

“Eu sou do povo. Recebi uma mensagem da Proteção Civil a dizer para estar em casa, e eu não quero mordomias dos políticos”, explicou.

As eleições presidenciais, que se realizam em plena epidemia de covid-19 em Portugal, estão marcadas para 24 de janeiro e esta é a 10.ª vez que os portugueses são chamados a escolher o Presidente da República em democracia, desde 1976.

A campanha eleitoral começou no domingo e decorre até 22 de janeiro, com o país a viver sob medidas restritivas devido à pandemia. Concorrem às eleições sete candidatos, Marisa Matias (apoiada pelo Bloco de Esquerda), Marcelo Rebelo de Sousa (PSD e CDS/PP) Tiago Mayan Gonçalves (Iniciativa Liberal), André Ventura (Chega), Vitorino Silva, mais conhecido por Tino de Rans, João Ferreira (PCP e PEV) e a militante do PS Ana Gomes (PAN e Livre).

Desde 1976, foram Presidentes António Ramalho Eanes (1976-1986), Mário Soares (1986-1996), Jorge Sampaio (1996-2006) e Cavaco Silva (2006-2016). O atual chefe de Estado, eleito em 2016, é Marcelo Rebelo de Sousa, que se recandidata ao cargo.

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