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Costa pede a jovens que não emigrem. "Queremos que fiquem, que venham, que voltem"

13 dez, 2020 - 14:54 • Eunice Lourenço , Inês Rocha

Primeiro-ministro espera que a crise provocada pela pandemia não inverta a evolução demográfica em Portugal, que estava em recuperação. Perante o congresso da Juventude Socialista, que elegeu Miguel Costa Matos como secretário-geral, pediu aos jovens "que fiquem, que venham, que voltem".

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O primeiro-ministro não quer que ninguém emigre e espera que a crise provocada pela pandemia não inverta a evolução demográfica em Portugal, que estava em recuperação.

No congresso da Juventude Socialista (JS), que terminou este domingo em Leiria, António Costa disse que o saldo migratório tem tido uma evolução positiva, mas ainda não é suficiente.

Por isso, quer que Portugal acolha mais imigrantes e que os jovens portugueses não saiam do país por falta de oportunidades.

"Somos um país aberto, onde sabemos que mais emigrantes enriquecem o nosso país, não são uma ameaça ao nosso país, não empobrecem o nosso país e pelo contrário temos de continuar a ser esse país da diversidade", afirmou o primeiro-ministro, perante os jovens socialistas.

"Esta crise não pode ser uma crise que de novo faça ameaçar a participação no futuro de Portugal das novas gerações. Não! Não queremos que ninguém emigre, queremos que fiquem, que venham, que voltem e connosco continuem a construir o futuro do nosso país", acrescentou, no encerramento do congresso da JS, onde lembrou algumas políticas para os jovens, aprovadas recentemente, como a descida das propinas e as políticas de arrendamento.

O XXII congresso nacional da JS, totalmente digital devido às restrições causadas pela epidemia, elegeu Miguel Costa Matos como secretário-geral, sucedendo a Maria Begonha.

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  • Cidadao
    14 dez, 2020 Lisboa 09:17
    E quer que eles fiquem e noutros casos "que voltem", para terem o quê? Precariedade, ou carreiras estagnadas sem progressão nem cursos de aperfeiçoamento e atualização, salários irrisórios ou o mínimo ou a colar com o mínimo, condições de trabalho do sec. 19, exploração desenfreada, gestão Padaria Portuguesa? quem é o jovem quadro qualificado que em vista disto não se mete num avião e procura colocação onde tem perspetivas de progredir, e não anda a contar os tostões?
  • Bruno
    13 dez, 2020 aqui 19:01
    Sem dúvida. Precisamos de jovens para trabalhar nas caixas de supermercado e de emigrantes para trabalhar nos olivais e amendoais super-intensivos.
  • João Oliveira
    13 dez, 2020 Edimburgo 16:16
    Embora a oferta do Sr. Costa seja reconfortante para quem esta emigrado, infelizmente nao combina com a realidade de Portugal. Neste momento; ha oportunidades limitadas em todo lado, talvez isso dissuada nova emigração (temporariamente). Os motivos pelo qual muitos sairam do pais mantem-se. Ja nem falamos dos baixos salarios, mas do excesso de hierarquia nas empresas, a falta de meritocracia, a desconfiança na inovação, falta de transparência e profissionalismo na forma como se gerem muitas empresas. Claro que ha bons exemplos em Portugal (e maus la fora). Mas para voltar, e preciso mais do que apoios financeiros ou de reintegração na sociedade. Seria preciso uma mudança de mentalidades, uma maior eficiência na forma comp se trabalha - isso traz resultados, mais produtividade, salarios mais altos, e as pessoas certas nos lugares certos. Portugal e um pais fantástico para se viver... mas nao para se trabalhar.

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