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PSD aceita renovação da emergência e menos restrições no Natal

03 dez, 2020 - 19:56 • Paula Caeiro Varela, com redação

Renovação do estado de emergência votada na sexta-feira. Medidas para o Natal centram atenções dos portugueses e dos partidos, que foram recebidos pelo Presidente da República.

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Rui Rio assegura que o PSD manterá o voto favorável à renovação do estado de emergência, no âmbito da pandemia de Covid-19, e aceita aligeirar algumas restrições na época do Natal.

No final de uma audiência na Presidência da República, o líder social-democrata garantiu o apoio a novo estado de emergência, na votação de sexta-feira.

“Nem sequer nos vamos abster, vamos votar a favor, não nos vamos esconder atrás de nada, estamos na hora de unir esforços. É a nossa posição desde a primeira hora, continua a ser assim e será sempre assim enquanto eu for presidente do partido”, assegurou Rui Rio, no Palácio de Belém, em Lisboa.

Questionado sobre a possibilidade de as restrições impostas devido à pandemia de covid-19 serem aligeiradas na época do Natal, Rui Rio defendeu que o Governo deve anunciá-las “o mais rapidamente possível” para que as pessoas se possam organizar.

“Eu compreendo que o Governo possa vir a decretar para o Natal uma situação de menor rigor em relação a estas medidas que têm estado em vigor”, disse, acrescentando que, se a decisão do executivo for voltar a ‘apertar’ as restrições para o Ano Novo, “também vai bem”.

O Presidente da República recebeu esta quinta-feira os partidos com assento parlamentar para discutirem a renovação do estado de emergência.

PS em sintonia

Também o PS defende algum alívio às restrições atualmente em vigor no período do Natal, mas José Luís Carneiro diz que é preciso manter regras para evitar um aumento de contágio.

O secretário-geral adjunto do PS diz que é necessário aliviar, por exemplo, as restrições à circulação entre concelhos, mas diz, ao mesmo tempo, que é preciso evitar que se juntem nucleos familiares diferentes.

"O mais relevante é permitir a circulação entre municípios mas, como disse, garantir que os núcleos familiares não interagem, para evitar que essa interação entre núcleos familiares possa expandir o contágio", diz.

"Se durante os 14 dias anteriores ao Natal e nos 14 dias posteriores ao Natal houver contactos que sejam limitados aos núcleos familiares, então aí sim poderá levantar-se essa limitação, que já serviria para que o Natal pudesse decorrer com outra expetativa."

José Luís carneiro, do PS, no final da audiência com o Presidente da República, que vai divulgar esta noite o novo decreto de renovação do Estado de Emergência que será debatido e votado no Parlamemento na sexta-feira.

O Bloco de Esquerda considera que não tem havido uma adequada comunicação sobre a pandemia no nosso país. Catarina Martins diz que, mais do que medidas de restrição, é preciso dar às pessoas ferramentas e conhecimento sobre a Covid-19, para que possam proteger-se o mais possível e de forma adequada.

A coordenadora bloquista mantém em aberto o sentido de voto do partido na renovação do estado de emergência, mas, se não houver alteração no essencial, a abstenção deve manter-se também. Catarina Martins acrescenta que, apesar de uma diminuição do número de contágios, a situação continua a ser preocupante.

O secretário-geral do PCP apela ao Governo para levantar restrições que estão a prejudicar economia e que não "têm valor acrescentado" do ponto de vista do combate à pandemia.

Jerónimo de Sousa diz ter recebido indicação de que no período do Natal as medidas serão menos restritivas. Os comunistas são contra as medidas em vigor.

O líder CDS-PP pede razoabilidade e bom senso, para que as famílias portuguesas possam passar o Natal juntas. Francisco Rodrigues dos Santos defendeu, na audiência com o Presidente da República, que exista um abrandamento "ténue" das restrições em vigor no âmbito do estado de emergência.

O CDS continua a insistir que "não passa cheques em branco ao Governo.", mas concorda com a necessidade do estado de emergência", pelo que deve optar novamente pela abstenção na votação de amanhã.

Esta questão não é consensual no grupo parlamentar centrista. O líder da bancada, Telmo Correia, defendeu que o CDS devia votar a favor e apresentou, na última votação, uma declaração de voto nesse sentido.

[Notícia atualizada às 20h55]

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