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Catarina Martins preocupada com "intransigência do Governo" nas negociações do OE 2021

07 out, 2020 - 21:13 • Lusa

O BE "não poderá votar um Orçamento em que não há negociação", avisa coordenadora do Bloco de Esquerda.

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A coordenadora do BE mostrou-se esta quarta-feira preocupada com a "intransigência do Governo" nas negociações do Orçamento do Estado para 2021, condicionando a viabilização da proposta à alteração da postura do executivo.

"A chave de um orçamento estará na intransigência do Governo e no Governo ultrapassar essa intransigência", afirmou Catarina Martins numa entrevista ao Telejornal da RTP-1.

O BE "não poderá votar um Orçamento em que não há negociação", frisou a líder bloquista, considerando que este "é o momento de o PS dar passos" em direção às reivindicações do Bloco.

"A nossa esperança é que, nos próximos quatro dias, o Governo dê resposta a estas preocupações", disse a coordenadora do BE, numa referência ao tempo que falta até à entrega da proposta orçamental no parlamento, na segunda-feira.

Catarina Martins apontou como objetivos negociais do Bloco "travar a vaga de despedimentos", ter um subsídio de desemprego que responda às situações, criar "uma prestação social que não permita que as famílias vão para a pobreza" e reforçar o Serviço Nacional de Saúde com médicos e técnicos de diagnóstico.

Outra das preocupações do BE é "não permitir que o sistema financeiro continue a brincar com o dinheiro que é de todos", ou seja, travar qualquer injeção estatal no Novo Banco.

"Não podemos ter um parlamento a comprometer-se com uma nova injeção no Novo Banco sem haver uma investigação ao que se está a passar", defendeu.

A líder bloquista disse querer que o partido vote a favor, mas alertou que será impossível se o executivo mantiver a intransigência.

"Queremos que seja possível construir um orçamento em que votaremos a favor ou, no mínimo, possamos ter uma abstenção para o viabilizar. Mas neste momento estamos a ter uma enorme preocupação porque as matérias essenciais para responder à crise que estamos a viver e que o BE colocou em cima da mesa das negociações logo no início do verão, ainda não tiveram resposta", salientou.

Catarina Martins assegurou, no entanto, que "o BE está absolutamente empenhado" na negociação do orçamento, mas preocupado com "a intransigência do Governo" nas matérias que considera essenciais.

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  • Digo Eu
    09 out, 2020 Cá no burgo 08:39
    Então, BE, votem CONTRA! Não se pode ser contra ao fim de semana e durante a semana, votar-se pelo governo. E não venham com essa treta de "abstenção violenta" made in António José Seguro. Isso não existe. A abstenção é uma forma hábil de votar a favor do governo, podendo depois dizer que não votaram a favor. Deixaram passar, o que na prática é o mesmo. Se o governo-PS se mostra intransigente, votem CONTRA. Também têm responsabilidades com o vosso eleitorado que vos deu os 19 deputados que têm
  • Francisco Monteiro
    08 out, 2020 Pinhel 19:18
    Olá boa noite, estou a ver as negociações para aprovação do orçamento de estado do ano 2021, mas não vejo onde está o aumento dos salários da função pública! Continuam a ser os parentes pobres, que não têm mais que a fama de são quem mais ganha, já estávamos a 14 anos sem aumentos, deram o ano passado uma esmola que nem deu para cobrir os aumentos dos combustíveis. E este ano volta ao mesmo, com salários miseráveis a economia não cresce, porque as pessoas não compram, deixo este alerta.

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