07 jul, 2020 - 16:33
O CDS propõe que o Parlamento aprove um voto de pesar pela morte do toureiro Mário Coelho, falecido no domingo, dia 5 de julho, vítima de Covid-19.
A bancada centrista realça os feitos alcançados pelo matador durante a sua carreira e o facto de ter desejado ser recordado como “um homem que traçou um caminho direito e que nunca saiu dele”, a que acrescenta: “E assim será”.
No projeto de voto de pesar do CDS lê-se ainda que Mário Coelho “foi um dos mais emblemáticos matadores de toiros de Portugal.”
“Nas décadas de 50 e 60 do século XX atingiu prestígio internacional como bandarilheiro das principais figuras portuguesas do toureio a pé, conquistando os prémios nacionais mais importantes, e integrou as quadrilhas de matadores espanhóis, alcançando então o estatuto de Melhor Bandarilheiro do Mundo e o que mais prémios conquistou a nível mundial.”
“Mário Coelho foi um toureiro admirado e aclamado por muitos, privando ao longo da sua vida com Pablo Picasso, Hemingway, Orson Welles, Ava Gardner ou Audrey Hepburn, entre outros”, diz o a proposta do CDS.
A proposta do CDS, que tem data de segunda-feira, é divulgada no preciso dia em que o Parlamento discute uma proposta, surgida por iniciativa legislativa popular, de acabar com o financiamento público das touradas em Portugal.
Os subscritores deste projeto-lei defendem que espetáculos tauromáquicos “não podem ser financiados, direta ou indiretamente, por quaisquer entidades públicas”, nomeadamente Governo, autarquias, institutos públicos ou empresas participadas pelo Estado.
Para além da iniciativa popular, há outro projeto-lei no mesmo sentido apresentado pelo partido Os Verdes.