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Celebrações do ​25 abril. “Está tudo a ficar excessivamente nervoso”, diz António Costa

20 abr, 2020 - 11:35 • Eunice Lourenço

Primeiro-ministro não quis comentar forma como o Parlamento vai assinalar o 25 de Abril, mas pede “bom senso” e diz que “não é momento para divisões".

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O primeiro-ministro, António Costa, não quis pronunciar-se sobre a forma em concreto como a Assembleia da República vai assinalar os 46 anos do 25 de Abril, mas desculpou a polémica que tem causado com o “cansaço” que todos os portugueses começam a sentir e pediu “bom senso” em todas as celebrações.

“Estamos a chegar a uma fase em que - por cada vez maiores necessidades económicas e sociais e cada vez maior cansaço e fadiga relativamente às medidas de contenção -, está tudo a ficar excessivamente nervoso para o que é recomendável depois da forma exemplar como temos vivido todos estes período”, começou por dizer o primeiro-ministro quando foi questionado sobre a polémica que a celebração parlamentar do 25 de abril está a causar mesmo entre socialistas.

“Temos sobretudo de nos conduzir com bom senso”, pediu o primeiro-ministro, lembrando que a Assembleia da República tem mantido a sua atividade com níveis limitados de participação e que o Governo até mudou as reuniões do conselho de ministros para o Palácio da Ajuda de forma a poder manter reuniões presenciais, mas com espaço para o distanciamento que é aconselhável.

“Temos conseguido também viver neste período de estado de emergência sem suspender o nosso regime democrático”, acrescentando que não se quer “pronunciar sobre o que é a vida interna da Assembleia que tem vindo a manter o seu funcionamento”.

O primeiro-ministro falava depois do encontro que teve esta segunda-feira de manhã com o cardeal Patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, destinado a começar a preparar o levantamento de restrições às celebrações religiosas. E, na resposta sobre o 25 de abril, acabou por dar também o exemplo da Igreja Católica.

“Não é momento para divisões, é tempo para nos mantermos unidos se seguir o exemplo que a Igreja Católica tem dado relativamente à forma como devemos celebrar os valores de cada um, a fé de cada um, naturalmente tendo em conta o que são as necessidades de todos contribuirmos para controlar esta pandemia”, salientou António Costa.

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  • João Ribeiro Correia
    20 abr, 2020 Portalegre 15:26
    É lamentável que estando a população confinada em casa que a quase totalidade das empresas de serviços e de retalho estejam encerradas por causa da pandemia que uma grande percentagenm de portugueses esteja em risco de perder o emprego, estamos com milhares de infetados e mais de setecentos mortos, exista disposição para celebrar o 25 de Abril e o 1 de Maio da forma que os políticos pretendem, não dando o exemplo do cumprimento das leis que aprovaram. É lamentável que cada dia que passa os políticos menos representam os portugueses, se houvesse bom senso a Assembleia da República que hoje representa menos de metade dos portugueses, deveria ser solidáriua com o sofrimento que o povo português está a passar. É importante para a Democracia existirem instituições fortes, coesas e solidárias com o povo. Estamos em guerra mas os nossos políticos continuam a viver num outro mundo. Lembro que a rainha Isabel de Inglaterra não celebra este ano os seus anos e que durante a II Guerra Mundial, o seu pai nunca saiu de Londres e que depois dos bombardeamentos pelos aviões alemães. o rei saia à rua a falar com o povo, a dar ânimo, o mesmo fazia o primeiro-ministro Churchil.
  • Maria Ernestina
    20 abr, 2020 Santarém 14:34
    Estando o País em estado de emergência, não faz sentido acontecerem quaisquer tipos de comemorações. Se não são permitidos ajuntamentos, como medida de precaução, incluindo funerais, como vai um Governo que decretou pela terceira vez o estado de emergência, transgredir o que decretou?!!! Estado de emergência é um estado de excepção. Então, excepcionalmente, neste ano não haveria qualquer tipo de comemoração. Tão simples quanto isto!!!

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