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Hora da Verdade

Siza Vieira. Curso e bolsa para 3000 pessoas aprenderem programação

05 mar, 2020 - 00:00

Na segunda parte da entrevista PÚBLICO/Rádio Renascença com o ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira detalha os pilares do plano de acção para a transição digital que hoje será levado a votação no Conselho de Ministros.

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Governo aprova hoje plano de acção para a transição digital. Quem quiser mudar de área pode entrar em formações rápidas num politécnico, com bolsa paga pelo IEFP.

Nesta segunda parte da entrevista PÚBLICO/Rádio Renascença com o ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira detalha os pilares do plano de acção para a transição digital que hoje será levado a votação no Conselho de Ministros. Há três pilares e o objectivo é “dar mais consistência” aos 18 programas em curso actualmente para acelerar a transformação nas empresas, na máquina do Estado e nas competências tecnológicas da força laboral.

Todos os empresários falam do desafio da transição digital. Há meses relançou o programa Indústria 4.0 e, na mesma altura, alguns pediram um Estado 4.0. Qual é o plano do ministério?
A transição digital é transversal. Hoje mesmo vamos aprovar em Conselho de Ministros o plano de acção para a transição digital. É basicamente uma tentativa para dar mais consistência aos 18 programas que já temos em curso. O nosso plano incide em três pilares: pessoas; empresas e o Estado. No pilar das pessoas temos de as preparar para as profissões do futuro desde que entram no sistema. Temos de assegurar a reconversão e requalificação dos que estão no activo e aumentarmos a literacia digital para que toda a população, mesmo os mais velhos, mesmo nas regiões mais remotas possam beneficiar das oportunidades da sociedade digital. No pilar das empresas, passa pela capacidade de produzir conhecimento que acrescente valor aos modelos. No pilar do Estado significa passarmos a ter uma administração cada vez mais digitalizada.

Estas mudanças vêm sempre com custos acrescidos. Como é que responde ao cidadão preocupado com o emprego?
Todas as evoluções tecnológicas destruíram e criaram emprego e desta vez não será diferente. Temos de assegurar que o maior número de portugueses tenha capacidade de receber formação e as qualificações para transitarem de uma área para outra ou para passarem a ter nas suas funções actuais a capacidade de manipularem tecnologias digitais. Na terça-feira, celebrámos o programa SkillsUp que visa assegurar formação nos politécnicos, formações rápidas para pessoas que ou estão no desemprego ou que estão em áreas em que há um desajuste entre a formação de base e aquilo que são as necessidades das empresas. Vão passar por formação em programação e têm à saída a garantia de um emprego em empresas que precisam dessas qualificações. Já no primeiro ano vamos formar 3000 pessoas, que vão ter formação de base, com passagem no politécnico e uma bolsa de rendimento do IEFP e uma garantia de emprego à saída. Se acelerarmos isto conseguimos assegurar que aqueles no activo recebem formação para os empregos do futuro.

É nisso que vai gastar o dinheiro no Fundo de Transição Digital financiado pelas licenças do 5G?
Eu espero investir bem o dinheiro na qualificação dos portugueses, na transformação digital e na melhoria do desempenho da nossa administração pública.

Estas mudanças vêm sempre com custos acrescidos. Como é que responde ao cidadão preocupado com o emprego?

Todas as evoluções tecnológicas destruíram e criaram emprego e desta vez não será diferente. Temos de assegurar que o maior número de portugueses tenha capacidade de receber formação e as qualificações para transitarem de uma área para outra ou para passarem a ter nas suas funções actuais a capacidade de manipularem tecnologias digitais. Na terça-feira, celebrámos o programa SkillsUp que visa assegurar formação nos politécnicos, formações rápidas para pessoas que ou estão no desemprego ou que estão em áreas em que há um desajuste entre a formação de base e aquilo que são as necessidades das empresas. Vão passar por formação em programação e têm à saída a garantia de um emprego em empresas que precisam dessas qualificações. Já no primeiro ano vamos formar 3000 pessoas, que vão ter formação de base, com passagem no politécnico e uma bolsa de rendimento do IEFP e uma garantia de emprego à saída. Se acelerarmos isto conseguimos assegurar que aqueles no activo recebem formação para os empregos do futuro.

É nisso que vai gastar o dinheiro no Fundo de Transição Digital financiado pelas licenças do 5G?
Eu espero investir bem o dinheiro na qualificação dos portugueses, na transformação digital e na melhoria do desempenho da nossa administração pública.

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