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“O tempo da traquinice acabou” no PSD, diz Jardim

07 fev, 2020 - 21:38 • Eunice Lourenço , Susana Madureira Martins

Alberto João Jardim defende que PSD deve voltar a ser um partido de causas e concentrar-se em preparar o regresso à governação.

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“A traquinice acabou”, decretou Alberto João Jardim, o antigo presidente do Governo Regional da Madeira, à chegada ao 38.º Congresso do PSD, que começa esta sexta-feira em Viana do Castelo. Para Jardim é tempo de o PSD se concentrar em trabalhar para voltar ao poder.

“Essas conversas de união e desunião isso acabou. Quem dirigir o partido não pode estar preocupado com os meninos traquinas. A traquinice acabou, quem perturbar assume as consequências da perturbação”, afirmou Jardim, que apoiou Rui Rio nas eleições diretas para a presidência do PSD.

Agora, segundo o antigo governante, o PSD tem de se concentrar em dois objetivos: a reforma do sistema político que “está caduco” e o regresso ao poder para “governar Portugal”.

À chegada ao congresso, Alberto João Jardim também aproveitou para refletir sobre o papel dos partidos, que considera se tem vindo a perder. “Os partidos existem para serem instrumentos do interesse nacional”, disse, acrescentando que “nos anos 70, que foram fantásticos, desde os homens mais distintos aos homens mais humildes todos pensavam no seu país”.

Hoje, lamentou, “perdeu-se um pouco essa ideia de partido de causas e das causas passou-se aos agrupamentos de interesse e é isto que é preciso acabar”. Jardim foi sobretudo critico com “a geração millenial” (a geração nascida entre 1980 e 1995) que acusa de estar “muito virada para os seus interesses pessoais e para as suas carreiras”.

Isso reflete-se nos partidos e tem de mudar, defende Jardim, deixando o aviso: “Se não se acabar, o país pagará as consequências.”

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