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Rui Rio não vai permitir repetição de "vigarices" nas diretas do PSD

06 nov, 2019 - 21:30 • Paula Caeiro Varela

O líder do PSD reconhece, no entanto, que o sistema é complexo e quer “facilitar ao máximo a vida” dos militantes que querem “pagar a sua quota”.

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O secretário-geral do PSD, Rui Rio, não quer "vigarices" com militantes a pagarem centenas de quotas de outros militantes para ganhar eleições e afirma que isso é "para acabar".

Confrontado com os problemas causados pelas novas regras para o pagamento de quotas, que permitem aos militantes o voto nas eleições diretas do partido, que serão em janeiro, Rui Rio diz que sempre foi contra manobras desse tipo e que o voto dos militantes deve ser livre.

“Ao longo da minha vida critiquei sempre o que posso considerar as vigarices que aconteceram nas eleições internas do PSD em muitas circunstâncias, quando há uma, duas ou três pessoas que vão buscar dinheiro não se sabe onde e pagam as quotas de 100 ou 500 pessoas. Eu disse que ia acabar com isso e o sistema está montado para acabar com isso. Aqueles que agora procuram pagar as quotas por atacado, isso é para acabar, porque as eleições não são para ganhar quem consegue arranjar mais dinheiro, mas quem tem mais aceitação no voto livre dos militantes.”

O líder do PSD reconhece, no entanto, que o sistema é complexo e quer “facilitar ao máximo a vida” dos militantes que querem “pagar a sua quota”.

“Agora, para facilitar a vida àqueles que querem fazer vigarices, que é o termo que eu uso, não podem contar comigo”, afirma Rui Rio. Para facilitar o processo garante, por exemplo, que vai fechar os cadernos eleitorais o mais tarde possível.

O presidente do PSD, que é novamente candidato, até volta a dizer que gostaria que pudessem ser eleições primárias abertas a não militantes, mas os estatutos do partido não permitem e aproveita para um remoque ao adversário mais direto, Luís Montenegro, que tem como slogan “A força que vem de dentro”.

“Eu até gostaria, teria todo o gosto nisso, porque há quem diga que a força vem de dentro, e a minha força vem de fora, dos portugueses. Eu tinha muito gosto nisso, mas não sei como resolver no plano estatutário e regulamentar. Se houver quem consiga ter uma solução para isso, eu fico contente”, afirma Rui Rio.

O presidente do PSD, que foi esta quarta-feira eleito líder da bancada parlamentar, recusa dizer se Luís Montenegro e Miguel Pinto Luz, seus adversários nas eleições internas, devem poder ou não falar ao Conselho Nacional da próxima sexta-feira, em Bragança.

Rui Rio diz ter uma opinião sobre isso, mas não lhe compete a ele decidir sobre o assunto e recusa "alimentar em público" esse assunto.

Pelo menos Miguel Pinto Luz, vice-presidente da Câmara de Cascais, já disse que gostaria de poder falar aos conselheiros nacionais do PSD.

Rui Rio, actual presidente do partido, remete para o presidente da mesa, Paulo Mota Pinto, que até ao momento não esclareceu se vai ou não permitir as intervenções de Miguel Pinto Luz e Luís Montenegro, que não são conselheiros nacionais.

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