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Marcelo faz agradecimento emocionado a Freitas do Amaral, um "homem totalmente livre e corajoso"

03 out, 2019 - 20:05 • Redação

Presidente da República fez uma declaração no Palácio de Belém de homenagem a Freitas do Amaral, que morreu esta quinta-feira, aos 78 anos.

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Diogo Freitas do Amaral, que morreu esta quinta-feira aos 78 anos, foi um "homem totalmente livre e corajoso" que durante as últimas décadas "serviu Portugal", em diversas ocasiões, ao mais alto nível, afirma o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

Numa declaração aos jornalistas no Palácio de Belém, visivelmente emocionado, o chefe de Estado apelidou o cofundador do CDS como "um dos pais fundadores da nossa democracia partidária, em 1974. O último a deixar-nos".

Marcelo Rebelo de Sousa lembrou as várias dimensões de Freitas do Amaral, desde logo o contributo "de forma decisiva para a integração da direita portuguesa na democracia nascente.

"Serviu Portugal na primeira revisão da Constituição e na elaboração de leis estruturantes do regime, como a Lei de Defesa Nacional das Forças Armadas, a Lei Orgânica do Tribunal Constitucional ou as leis sobre justiça administrativa", recordou.

Freitas do Amaral. O último dos "pais" do regime democrático
Freitas do Amaral. O último dos "pais" do regime democrático

Diogo Freitas do Amaral serviu, também, Portugal "na sua projeção no mundo, como ministro da Defesa Nacional, como chefe da nossa diplomacia por duas vezes, em períodos diversos, com governos distintos e também como presidente dos democratas-cristãos europeus e como presidente da Assembleia-Geral das Nações Unidas".

O Presidente da República destacou a forma como Freitas do Amaral serviu Portugal através "do seu ensino, da formação, da pedagogia cívica, com o seu espírito, um espírito aberto, tolerante, ecuménico, independente, de homem livre, totalmente livre e corajoso".

Foi com essa coragem, afirma Marcelo, que Freitas do Amaral "defrontou em situação dificílima a campanha eleitoral para a assembleia constituinte ou votou contra a Constituição da República Portuguesa, em 1976, ou defendeu o Tratado da União Europeia contra a sua bancada de origem, em 1992, ou criticou governos na sua política externa, governos esse ligados à sua área fundacional".

Por fim, o Presidente da República agradeceu os serviços prestados ao país por Freitas do Amaral. "Em nome de todos os portugueses, porque todos eles, ao menos uma vez na vida, estiveram ao seu lado, aqui lhe agradeço hoje o serviço a Portugal", salientou.

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