Tempo
|
A+ / A-

Mais creches, menos férias escolares e descontos na água e luz. Propostas do CDS para aumentar a natalidade

25 set, 2018 - 07:00

Os centristas querem colocar a natalidade como prioridade da ação política. O partido apresenta algumas propostas esta terça-feira.

A+ / A-

Mais creches e mais baratas, menos tempo de férias escolares no verão, descontos nas faturas do gás e da luz, são algumas das medidas que o CDS-PP vai apresentar, esta segunda-feira, para promover a natalidade no país. O partido liderado por Assunção Cristas considera ser preciso colocar este tema como prioridade da ação política.

É preciso "abanar os orçamentos a favor das famílias", diz Filipe Anacoreta Correia. O deputado centrista diz que o CDS procurou identificar os principais problemas apontados pelas famílias e dar respostas concretas.

Entre as queixas mais frequentes, está a falta de creches e o elevado preço das existentes. Neste campo, o CDS propõe um aumento da oferta, "isentando de IVA todas as creches e atividades de tempos livres quer possam ser extra-curriculares e não, como atualmente acontece, em que apenas o setor social está isento de IVA. É preciso alargar essa isenção".

Também o calendário escolar precisa de debate alargado, diz o CDS, que anotou queixas das famílias sobre a duração excessiva das férias de verão.

Mas há matérias em que o CDS garante já ter feito as contas e que quer ver mudadas. Para o debate do Orçamento do Estado ficam desde já propostas de mudanças no IRS das famílias, através do chamado quociente familiar, mas também em impostos como o IMI ou nas contas para a isenção das taxas moderadoras.

Filipe Anacoreta Correia lembra que, por exemplo, no caso da isenção de taxas moderadoras, o número de filhos não é considerado no momento de apurar se a família tem ou não insufiência económica. "Isso não pode ser, o número de filhos tem de ser considerado para taxar", argumenta.

O CDS quer ainda mudanças nas faturas do gás e da luz, com descontos progressivos consoante o agregado familiar. Os centristas lembra que, atualmente, "quem tem consumos superiores, tem tarifas mais caras". Contudo, nota Anacoreta Correia, "essas tarifas não têm em conta o número do agregado familiar. Uma família que precisa de consumir mais porque tem mais filhos, tem mais pessoas a viver, acaba por pagar muito mais por esses bens e isso é injusto e penalizador".

O diagnóstico está feito, mas as políticas estão longe de dar as respostas necessárias ao problema da baixa natalidade em Portugal. É isso que o CDS diz que quer fazer com um conjunto de propostas, muitas delas, para discutir já no orçamento do Estado para o próximo ano.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • fanã
    25 set, 2018 aveiro 16:56
    Esta Sra. e seus acólitos , foram Governo !!!!...........Não se esqueçam de que o Governo PAF , fez a numerosas Famílias com filhos em idades Escolares.....................................Imigraram !
  • nem a tolos convence
    25 set, 2018 10:19
    "Mais creches, menos férias escolares e descontos na água e luz. Propostas do CDS para aumentar a natalidade" Isto é uma falácia e das grandes para se justificar o incentivo da natalidade. O problema está na falta de trabalho, e não me venham dizer que as pessoas não querem trabalhar, hipócritas! Ainda estes últimos dias fechou mais uma empresa e os muitos trabalhadores estão em situação para irem para o desemprego....São os salários miseráveis que nem dão para as despesas, o que vai safando alguns são os pais que vão ajudando no que podem, como também alguns casais têm a sorte de estarem a trabalhar os dois, com o salário minimo, e mesmo assim é para viver com muitas dificuldades. Este nível de vida está insuportável com esta moeda unica, aceite pelos burros deste país. Desde que entrou as famílias passaram a viver até hoje sempre de mal a pior, uma vez que esta moeda passou logo a valer metade do escudo e a passar a comprar metade do que se comprava com o escudo, foi arredondamentos a torto e a direito e sem rei nem roque, para que os de rendimentos mais baixos ainda empobrecessem cada vez mais. Quem é que se indigna com isto? Ainda por cima com salários dos mais baixos desta europa escumalha e que nunca mais subiram. Temos que comprar a nível dos países ricos mas ganhar e ter o poder de compra como os países do terceiro mundo. Como é possível estes burros virem falar em aumentar a natalidade? Para se criar filhos e depois não terem futuro? Tenham vergonha!

Destaques V+