Tempo
|
A+ / A-

​Costa reuniu-se com Presidente de Angola. Relações são “fraternas”, mas visitas estão congeladas

23 jan, 2018 - 23:21

O caso judicial que envolve o ex-vice-presidente angolano é "uma questão", mas "não depende dos poderes políticos de Portugal e de Angola", afirma o primeiro-ministro.

A+ / A-

O primeiro-ministro português encontrou-se com o Presidente de Angola, na Suíça. António Costa afirma que as relações político-económicas entre os dois países são "fraternas" e de "excelência".

À margem do Fórum Económico Mundial, em Davos, António Costa referiu que o processo judicial que envolve o ex-vice-Presidente de Angola Manuel Vicente mantém congeladas as visitas de alto nível entre Lisboa e Luanda.

António Costa falava aos jornalistas no final de uma reunião de 40 minutos com João Lourenço, que decorreu no hotel em que o líder do executivo português está instalado e que começou com cerca de 50 minutos de atraso.

"Este foi um encontro no quadro das relações permanentes que temos mantido - dos bons encontros que tenho mantido com o Presidente João Lourenço. Fizemos o ponto das relações muito fraternas que existem entre Portugal e Angola, que, felizmente, decorrem muito bem dos pontos de vista económico, das relações entre as nossas empresas, das relações culturais e entre os nossos povos", começou por afirmar o primeiro-ministro português.

Logo a seguir, António Costa referiu-se ao processo da Procuradoria-Geral da República portuguesa que envolve o ex-vice-Presidente angolano Manuel Vicente no âmbito da operação "Fizz", em que está acusado de branqueamento de capitais e de corrupção activa.

António Costa afirmou que não se pode ignorar "que existe uma questão - e uma só questão - que não depende dos poderes políticos de Portugal e de Angola e que decorre exclusivamente da responsabilidade das autoridades judiciárias e que tem uma única consequência: Não haver visitas de alto nível de uns e outros aos respetivos países".

"Felizmente, tudo o resto decorre com toda a normalidade na excelência das nossas relações", disse.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • luis Viana
    24 jan, 2018 Lisboa 11:27
    Mas será que ainda ninguém entendeu que a separação de poderes é uma falácia? Tudo é política Só tem de haver o bom senso de não publicar opiniões pessoais e respeitar o outro, o que em casos destes deveria levar os responsáveis políticos judiciais e dos midia a terem maior responsabilidade no que dizem e divulgam. Vejamos o caso operação Marquês. Só um ingénuo e que pensará que a política não está aqui envolvida. Se assim não fosse o governo não andaria envolvido em jogadas de descredibilização da actual PGR. Qual o objectivo ? substituí-la por alguém mais permiável aos interesses dos políticos. E mais não digo
  • Luís
    24 jan, 2018 Lisboa 00:44
    Angola tem de entender que nas democracias europeias a Justiça é independente dos Governos,quem nao entende isto tem de caminhar mais na Civilização.
  • luis Almeida
    23 jan, 2018 Porto 23:49
    Ainda não é desta que acaba a descolonização exemplar ... Que mais teremos que penar ?

Destaques V+