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Ministro apela a consenso nas reformas da proteção civil e florestas

27 out, 2017 - 14:00

Capoulas Santos lamenta "o azedume" do PSD relacionado com as críticas à actuação do Governo, "mesmo nestas circunstâncias”.

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O ministro da Agricultura apelou esta sexta-feira à obtenção de consenso em torno da reforma da Protecção Civil e da reforma da floresta, indispensáveis para evitar catástrofes como os incêndios de Pedrogão Grande.

"Não é possível evitar catástrofes [como a de Pedrogão Grande] no futuro sem que estas duas reformas avancem", defendeu Luís Capoulas Santos.

O governante falava no encerramento do debate sobre o Relatório da Comissão Técnica Independente para a análise e apuramento dos factos relativos aos incêndios que ocorreram em Pedrógão Grande, Castanheira de Pêra, Ansião, Alvaiázere, Figueiró dos Vinhos, Arganil, Góis, Penela, Pampilhosa da Serra, Oleiros e Sertã entre 17 e 24 de Junho de 2017 e que causaram 64 mortos.

Capoulas Santos lançou um apelo ao consenso para as reformas da Proteção Civil e da floresta, lamentando "o azedume" do PSD relacionado com as críticas à actuação do Governo, "mesmo nestas circunstâncias".

"Queria voltar a apelar para que, perante um problema que a todos verga e envergonha, seja possível aquilo que o país exige de nós: que tragédias como estas não voltem a repetir-se", salientou.

O ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural recordou que o Presidente da República tem insistido na necessidade de um pacto de regime para enfrentar o problema dos incêndios florestais.

Dirigindo-se às dezenas de familiares e amigos das vítimas dos incêndios de Pedrogão Grande, Capoulas Santos lamentou as mortes.

"O melhor que podemos fazer para homenagear a sua memória é reparar os danos" o mais rápido possível, afirmou.

Também o Presidente da Assembleia da República dirigiu algumas palavras aos familiares e amigos das vítimas que assistiram ao debate em silêncio, a partir das galerias do Parlamento.

Nas galerias também estavam os técnicos que elaboraram o relatório da comissão independente a quem Ferro Rodrigues agradeceu o trabalho.

Familiares das vítimas dos incêndios foram recebidos pelo ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, e pelo secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Pedro Nuno Santos, durante cerca de vinte minutos, após o final do debate.

Os familiares, entre os quais a presidente da Associação de Vítimas do Incêndio de Pedrógão Grande (AVIPG), Nádia Piazza, assistiram ao debate envergando t-shirts brancas com o número 64, o número de vítimas mortais dos incêndios de Junho.

Comentários
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  • farçalas
    16 nov, 2017 lisboa 08:43
    Este patego é mais um xuxa arrogante mal educado e irresponsavel mas este povo gosta desta gentalha tem o que merece!!
  • juzze do vale
    27 out, 2017 Porto 15:59
    sem ilibar responsabilidades institucionais...existe UMA VERGONHOSA CAMPANHA DE APROVEITAMENTO POLITICO...! Tudo anda distraído com guerrilhas de alcofa..partidárias e agora..presidenciais O problema é que ...OS ESTADOS A NÍVEL MUNDIAL, não se prepararam para as alterações climáticas nem actualizaram legislação adequada ao clima mutante. Infelizmente...a demagogia politica.encurta uma visão mais ampla de um problema universal..! Comprem óculos de ver ao longe...enquanto é tempo! Senão vão(humanidade) ficar cegos...

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