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​Três dias de luto nacional pelas vítimas dos incêndios

16 out, 2017 - 11:57 • Eunice Lourenço

Governo cancelou toda a agenda. Marcelo quer ir aos funerais. Presidente do Parlamento avisa que não é possível “ficar de braços cruzados”.

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Vão ser decretados três dias de luto nacional pelas mortes ocorridas este domingo e madrugada de segunda-feira. O luto nacional começa esta terça-feira e vigora até quinta-feira. Entretanto, o Governo já cancelou praticamente todos os compromissos de agenda que envolvem a presença de ministros.

Entre os eventos cancelados está a apresentação da Web Summit, que contaria com a presença do próprio primeiro-ministro, e a posse do novo director do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, que deveria ser presidida pela ministra da Administração Interna. Também o ministro da Educação cancelou iniciativas. Assim como a líder do Bloco de Esquerda.

Quanto ao Presidente da República não tem agenda pública esta segunda-feira. A Renascença sabe que Marcelo Rebelo de Sousa continua a acompanhar a situação com grande preocupação e já manifestou vontade de ir aos funerais de todas as vitimas mortais dos incêndios destes dois dias. O Presidente, que na madrugada de segunda-feira fez logo declarações à SIC, a dizer que é preciso tirar consequências do que aconteceu, não terá gostado do tom da declaração do primeiro-ministro feita já de madrugada na Protecção Civil em que António Costa admitiu que se podiam repetir situações destas.

O primeiro-ministro, António Costa, cancelou esta segunda-feira a sua agenda oficial, para o lançamento do programa Inspire, no âmbito da Web Summit 2017, na residência oficial de São Bento, em Lisboa, disse à agência Lusa fonte do seu gabinete.

Já o presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, fez um comunicado esta manhã em que manifesta “grande preocupação e angústia” com as consequências dos vários incêndios.

“A verdade é que, fruto das alterações climáticas, estes fenómenos raros tornam-se mais frequentes, como vemos um pouco por todo o mundo. Não podemos ficar de braços cruzados; temos de nos preparar para lidar com esta ameaça, com novos modelos de organização, prevenção e combate. Desse ponto de vista, considero da maior importância o contributo que nos acaba de deixar a Comissão Técnica Independente para a análise célere e apuramento dos factos relativos aos incêndios que ocorreram entre 17 e 24 de Junho de 2017”, escreveu Ferro Rodrigues no comunicado publicado no site do Parlamento.

Recorde-se que Ferro Rodrigues recebeu na quinta-feira o relatório da comissão técnica independente sobre o incêndio de Pedrógão Grande e há um debate parlamentar marcado para dia 27 sobre esse mesmo relatório.

[Notícia alterada às 18h52. O luto começa na terça-feira, e não na segunda-feira]

Comentários
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  • ICM
    16 out, 2017 Braga 14:53
    luto nacional!!!!???????HIPÓCRITAS

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