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João Salgueiro: “Se os políticos quiserem" é possível reformar a Segurança Social

04 abr, 2016 - 14:05 • Henrique Cunha

Passos Coelho propõe e o ex-ministro das Finanças diz que a reforma é possível e necessária. Porque o problema é, a prazo, "grave".

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O antigo ministro das Finanças João Salgueiro defende que, "se os políticos quiserem, é possível nomearem duas ou três pessoas" para, " a prazo muito curto", possam "apresentar ao país a dimensão do problema e caminhos de solução” para a Segurança Social.

A reforma da Segurança Social voltou à agenda, depois de o líder do PSD, Pedro Passos Coelho, ter defendido, no congresso do partido, a necessidade de mudanças no sistema.

“Que é um problema grave é, a prazo. Nós vamos ter um problema grave na sustentabilidade das pensões a menos que alteremos algum dos parâmetros e o mais fácil de alterar é pôr o país a crescer economicamente”, diz João Salgueiro, em entrevista à Renascença.

“Sabe-se como é que se faz, outros países têm conseguido. Nós andamos a falar nisso há anos e continuamos a não desbloquear o nosso crescimento”, nota o ex-presidente da Associação Portuguesa de Bancos.

O economista defende que encontrar “soluções” depende de haver vontade política. “O novo Presidente da República com certeza que apoiaria uma coisa dessas”, acrescenta.

Com pessoas “bem escolhidas” e com “bom senso”, é possível avançar, diz Salgueiro. Até porque as consequências da inacção são conhecidas, defende. “E é sempre o nosso problema. Parece que nunca temos faróis para iluminar o caminho. Nunca vemos dois ou três anos à frente. Estamos sempre a metermo-nos em soluções que depois se percebe que são más. Precisamos de pessoas capazes de fazer alguma prospectiva e, felizmente, temos em Portugal pessoas que fazem isso”.

A proposta do líder do PSD para que se avance com uma reforma da Segurança Social foi acolhida com reservas por parte da maioria parlamentar que sustenta o actual Governo.

Comentários
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  • alien
    04 abr, 2016 lisboa 22:27
    Passos e a sua corja continuam a promover o corte de 600 milhoes de euros em pensões de velhice para dar com a outra mão os amigos retornados expatriados de angola, donos de ficticias empresas e ficticios agricultores. A passos somente o desejo de o ver apanhar o cacilheiro com destino a angola, o mais rapido possivel.
  • Pois é!
    04 abr, 2016 lis 16:53
    Este sr não foi presidente da Associação de Bancos? Não sabia o que se passava no BPN, no BES, no BPP, Banif? É preciso ter uma grande lata virando o bico ao prego e falar apenas daquilo que lhe convém para branquear o que não lhe interessa! Deveria preocupar-se é com as matérias que porocessou e deixar para outros o que não domina! Cada macaco no seu galho, sr Salgueiro!
  • rfm
    04 abr, 2016 Coimbra 16:43
    é muito fácil para quem tem várias reformas subvenções e do sector financeiros, em condições de exceção, falar da plebe que desconta 40/45/50 ou mais anos ou dar palpites de um sistema que não é o seu (regras diferentes) que é, de longe o melhor (viável) em relação a todos os outros
  • Pois!
    04 abr, 2016 lis 16:35
    desde que as reformas não lhe atinjam as pensões e as regalias que aufere, está tudo bem!...este sr também sabe muito!...aquilo que a mim já me esqueceu! Cambada que quando estão no poder ou os seus correligionarios, muito pouco se preocupam, assim que lhes foge o poder começam logo a fazer ruido...
  • CAMINHANTE
    04 abr, 2016 LISBOA 16:30
    Este gajo por acaso não foi ministro do antigo regime... mas é um gajo que pertence ao grupo dos que influenciam o Poder e pensam apenas em reduzir as reformas do comum dos mortais. Pretendem não cumprir o que era o compromisso dum Estado de Bem, de Direito , reduzindo as reformas, que com alguma vergonha adquirida muito recentemente , dizem não ir afectar as que estão em pagamento, mas que se aplicarão a todos os que ainda não estão reformados, ainda que já em últimos tempos de trabalho. Cometerão uma brutal injustiça e prepotência, mas estão -se nas tintas. Até porque se chegará ao absurdo, se esta teoria rapinadora for aplicada, que quem se reformar nessa nova regra, fique a receber menos que outro, nas mesmas condições profissionais, desde que se reforme ou já se tenha reformado, mesmo antecipadamnete, antes da nova lei pretendida ser aplicada. Estes senhores, mais o Passos Coelho e seus muchachos, só estão ao serviço da Alta Finança e apostados no empobrecimento de todos. O resto é conversa demagógica para justificarem os seus preconceitos ideológicos e servirem a Plutocracia que manda no Mundo e não quer ninguém livre das suas amarras exploradoras. Maus tempos, de roubalheira descarada por parte dos poderosos e de empobrecimento generalizado ( diminuir depressa e em força os rendimentos de todos os que não são da elite endinheirada).
  • David Pevide
    04 abr, 2016 centro 16:30
    Concordo com esta potencial reforma da segurança social caso beneficie tambem quem não quer trabalhar ou não consegue arranjar trabalho de maneira a assegurar os direitos humanos basicos e evitar fenomenos sociais negativos em que a factura social será bem mais cara e condenará este novo seculo a mais miséria e guerra. Foram avisados!
  • joao
    04 abr, 2016 porto 15:54
    Este senhor sabe o que diz.Foi ministro em democracia e tambem na ditadura. Muita sabedoria . Mas eu nao gosto dele, nem na sua sabedoria .
  • JM
    04 abr, 2016 Lisboa 15:43
    Sugiro que se reforme primeiro o sistema bancário, se acabe com a livre circulação de capitais e os paraísos fiscais e depois logo se vê se ainda é necessário reformar mais qualquer coisa.
  • Luis
    04 abr, 2016 Lisboa 15:24
    Este Joãozinho faz parte de um grande grupo de "piquenos" que gostam muito de falar do que sabem e do que não sabem àcerca da desgraçada situação em que Portugal se encontra. Vivemos, segundo alguns, em democracia e por isso esses "piquenos" são livres de dizerem o pouco que sabem e o muito que não sabem pois também nós somos livres de ouvir ou não as idiotices que eles debitam. Até aqui, é tudo pacifico. O problema que se coloca é que os tais ditos "piquenos" vão largando as bujardas que muito lhes interessa a eles e aos amigos esquecendo-se todos que são grandes responsáveis pelo fartar vilanagem a que o País esteve sujeito décadas. Todos eles falam como se fossem as grandes reservas morais da Nação e como se tivessem uma solução para todas as maleitas pelo que se impõe que se pergunte o que andaram a fazer este tempo todo? O que andaram a fazer, o que fazem e o que ainda vão fazer? A andar por aí, como o outro à procura de tachos. Só pode.
  • 04 abr, 2016 14:32
    SERIA POSSÍVEL REFORMAR A SEGURANÇA SOCIAL SEM DÚVIDA NENHUMA. BASTAVA RETIRAR AOS CHULOS DESTE PAÍS O MONTE DE REFORMAS QUE MUITOS TÊM SEM TEREM DIREITO A ELAS. COMO É QUE É POSSÍVEL HAVER SUJEITOS COM 3 E 4 REFORMAS QUANDO O CIDADÃO COMUM SÓ TEM DIREITO A 1 REFORMA E É PRECISO TER 40 ANOS DE DESCONTO. QUANDO MUITOS DESSES CHULOS NUNCA TRABALHARAM NEM METADE E TÊM REFORMAS É O QUE DÁ A politica, É SÓ MAMAR.

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