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AR discute adopção por homossexuais, aborto e feriados dentro de 15 dias

04 nov, 2015 - 16:05 • Paula Caeiro Varela

Todos os partidos da esquerda têm propostas para reposição dos feriados e revogação das taxas moderadoras na IVG, mas apenas o Bloco e o PS entregaram projectos sobre a adopção de crianças por casais homossexuais.

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Se a velocidade da vida política não vier a sobrepor-se ao regimento parlamentar e ao consenso possível entre os partidos, a discussão sobre as taxas moderadoras na Interrupção Voluntária da Gravidez (IVG) volta daqui a 15 dias ao plenário. Volta também a adopção por casais do mesmo sexo e ainda a proposta para a reposição dos feriados eliminados na última legislatura.

“Propusemos na conferência de líderes [desta quarta-feira] o agendamento de duas iniciativas que estão já apontadas para os dias 19 e 20 em relação à IVG, a revogação da lei aprovada pelo PSD e CDS no final da legislatura passada sobre a Interrupção Voluntária da Gravidez e também a iniciativa relativa à reposição dos feriados que foram eliminados pelo anterior executivo”, explica João Oliveira, do PCP.

Todos os partidos da esquerda têm propostas para reposição dos feriados e revogação das taxas moderadoras na IVG, mas apenas o Bloco de Esquerda e o PS entregaram projectos sobre a adopção de crianças por casais homossexuais.

Entre os dias 19 e 20 vão ser ainda votados projectos de resolução propostos em conjunto por PSD e CDS, explica Nuno Magalhães.

“Temas que nós consideramos importantes, como a reafirmação da parte da Assembleia da República em relação a compromissos, ao nível quer da União Europeia, quer de política externa e de defesa. Creio que é importante, é um momento de clarificação e vai ser importante saber a posição de cada um dos partidos, até do ponto de vista da credibilidade internacional de Portugal.”

A coligação lamenta ainda que os plenários não possam ser discutidos já na próxima semana.

O Governo anunciou também que será apresentado para as mesmas datas um pacote legislativo do Ministério das Finanças, mas não deu nenhum detalhe. Serão medidas aprovadas na quinta-feira em Conselho de Ministros.

A esquerda lembra que o executivo só tem competências de gestão e o presidente da Assembleia fez questão de dizer que antes de admitir essas medidas vai querer conhecer o seu conteúdo.

Comentários
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  • António Manuel Queir
    05 nov, 2015 Lavra 09:44
    Relativamente à problemática sobre a interrupção voluntária da gravidez, adoção por homossexuais, entre outros, leva-me a crer que o BE, que pretende formar governo com o PS não tem outra preocupação se não abordar temas que são contra natura. Temos o problema do desemprego, que fui vítima até há um mês atrás durante cinco anos, temos o problema da recuperação da economia e seu crescimento sustentado, a necessidade de compromisso partidário para o bem estar social e estamos a preocupar com assuntos de última categoria. Recuso a ideia dos meus representantes políticos abordarem assuntos que favorecem lobies e não o interesse dos cidadãos, sejam eles de que género forem. custa a pagar impostos para pagar vencimentos de deputados que se preocupam com estes assuntos e não com o interesse nacional de bem estar social e crescimento económico sustentável.
  • Cralos
    05 nov, 2015 Lisboa 09:04
    Esta esquerda é mesmo um aborto, quando se trata de estabelecer prioridades para o país. Lamentável....
  • vitor neves
    04 nov, 2015 Albufeira 22:51
    É pena que este partido, mude de opinião para interesse para seu próprio interesse e não para o proveito dos portugueses, comparo com o cata vento! Ora vejamos, quem faz o aborto não paga taxa moderadora, por alma de quem, excepto no caso de violação o por necessidade em relação a saúde da interveniente é que tem lógica, porque as restantes não é o contribuinte que vai arrecadar com as despesas de quem prevaricou por prazer ou descuido! Quem são estes Srs. vamos rasgar a lei do aborto, isto é uma atitude de total prepotência e caça ao voto, por favor sejam honestos perante o povo Português!
  • Duarte Marques
    04 nov, 2015 Lisboa 22:37
    As prioridades dos partidos dito esquerda são a adopção de crianças pelos casais do mesmo sexo e o aborto. Já agora , sabem quanto os portugueses mais pobres tiveram que pagar para os abortos apenas em um ano? 7 milhões de euros! Dava para pagar as taxas moderadoras a perto de um milhão de pessoas pobres. Sabem quem são as pessoas que fazem os abortos? São da classe média alta. Sabem porque é que essas fazem os abortos? Porque têm dúvidas, ou têm a certeza que os filhos que vão a matar não são do marido, do companheiro ou do namorado. São do relacionamento com outras pessoas. Por isso é a prioridade do ps, be e pcp.

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