Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

Educação

Inquérito sobre "bullying" abrange alunos do 7.º ao 12.º anos

10 jan, 2025 - 06:00 • Fátima Casanova

Questionários anónimos são recolhidos até 15 de janeiro. Ministérios da Educação e Juventude e Modernização estimam divulgar resultados com "diagnóstico do fenómeno do bullying” no final de janeiro.

A+ / A-

Milhares de alunos estão a ser chamados a responder a um inquérito sobre o bullying em contexto escolar. O inquérito é aplicado aos alunos entre o 7º e o 12º ano, do ensino público e privado, numa parceria entre o Ministério da Educação e o Ministério da Juventude e Modernização.

O trabalho, que é feito em sala de aula, demora, em média, cerca de 20 a 30 minutos a ser concluído.

À Renascença, a ministra Margarida Balseiro Lopes diz que o objetivo é “ter um diagnóstico do fenómeno do bullying” nos estabelecimentos de ensino.

Margarida Balseiro Lopes salienta que o inquérito é anónimo e vai procurar “identificar se os jovens já foram vítimas de bullying, se já testemunharam situações de bullying e de que forma reagiram a esse tipo de acontecimentos”.

A ministra da Juventude e Modernização destaca que é preciso ter um papel pedagógico e explicar o que é o bullying: que comportamentos são aceitáveis e que comportamentos não são aceitáveis”.

Margarida Balseiro Lopes chama a atenção para a necessidade de sensibilizar os observadores passivos, para quando “testemunham e vêm aquele tipo de práticas, palavras e comportamentos, estarem atentos”.

Resultados conhecidos até ao final de janeiro

Os inquéritos são recolhidos até 15 de janeiro, e os resultados deverão ser conhecidos no final deste mês, altura em que o grupo de trabalho de combate ao bullying nas escolas vai propor um conjunto de recomendações ao Governo. Entre elas, é esperada a proposta de um canal específico para receber denúncias.

Também até ao final de janeiro já estará feita a revisão dos guiões que vão ser distribuídos nas escolas “para professores, assistentes operacionais, pais e alunos sobre o que é aceitável e o que deve ser feito, porque esta é uma preocupação”, admite a ministra da Juventude.

Para Margarida Balseiro Lopes, para que um aluno possa denunciar uma situação de bullying “tem de ter a segurança de que alguma coisa vai acontecer, que a sua denúncia será bem acolhida, daí a preocupação de envolver toda a comunidade”.

Governo quer “resposta abrangente” no combate ao bullying

À Renascença, a ministra da Juventude admite que “há várias iniciativas, mas dispersas” de resposta a situações de bullyong nas escolas.

Sublinha que não há “nada integrado”, por isso, o Governo quer “dar uma resposta mais abrangente, integrar algumas destas iniciativas para que uma criança não tenha a sorte ou o azar de estar numa escola, que tem ou não tem mecanismos de resposta a situações de bullying”, sublinha a ministra da Juventude.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • Anastácio Lopes
    10 jan, 2025 Lisboa 14:31
    Para quando um mesmo inquérito sobre bullying no trabalho e não só nas escolas? Será que nem partidos políticos, nem sindicatos, nem entidades patronais, nem o Estado sabem que existe e não é pouco, com as devidas consequências, para os lesados do builling no local de trabalho? O que é que a Provedora de Justiça já fez para se mostrar algo preocupada com esta vergonha laboral num alegado Estado de Direito que faz de conta que tal vergonha não existe? Por quanto mais tempo as vítimas de buillyng no seu posto de trabalha terão de continuar a sê-lo pelas indiferença, insensibilidade, irresponsabilidade e de desonestidade intelectual de toda a sociedade terão de serem vítimas da mesma?

Destaques V+