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Negociação

​Técnicos do INEM vão ser aumentados 256 euros em janeiro

12 dez, 2024 - 00:12 • Marisa Gonçalves

Sindicato e Ministério da Saúde chegaram a acordo, após uma greve parcial dos técnicos de emergência pré-hospitalar, que foi suspensa.

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Ficou um pouco aquém das expetativas, mas o Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar (STEPH) do INEM acabou por aproximar a sua posição do Governo e concordar com um aumento de 256 euros já a partir de janeiro.

O acordo foi conseguido, esta quarta-feira à noite, numa reunião com o Ministério da Saúde, adianta à Renascença o presidente do STEPH, Rui Lázaro.

“Conseguimos garantir que, a 1 de janeiro de 2025, todos os técnicos de emergência pré-hospitalar, independentemente da categoria em que se encontrem, ficarão a auferir mais 256 euros e, ainda, que a partir de 1 de janeiro de 2026, mediante determinados requisitos, os técnicos que têm mais antiguidade na profissão possam transitar para as categorias superiores, obtendo assim uma valorização de 600 euros face ao que auferem atualmente”.

Rui Lázaro acredita que estão reunidas condições para atrair mais profissionais ao setor e “combater a elevada taxa de abandono que imperou no INEM até agora”.

“Acreditamos desde logo que os 200 técnicos que estão no procedimento concursal tenham agora motivos suficientes para assinar contrato e ficar no INEM, mas também para podermos atrair mais técnicos nos próximos concursos”, sublinha o presidente do Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar.

O Sindicato diz ter ainda outras preocupações para abordar com o Ministério da Saúde relacionadas como a apreciação do sistema de avaliação de desempenho e com o acordo coletivo de trabalho.

Ficou agendada uma nova reunião para o dia 22 de janeiro.

Na última greve dos técnicos do INEM, mais de 2.300 chamadas terão ficado por atender no pior dia, a 4 de novembro. Um número divulgado esta quarta-feira pelo jornal "Público" que cita dados oficiais.

Nesse dias, as centrais do 112 atenderam mais de 16 mil pedidos de ajuda tendo reencaminhado mais de 4.800 para a Emergência Médica.

Contudo, mais de 2.300 ficaram sem atendimento. Neste momento decorre uma inspeção para avaliar o cumprimento das normas nos períodos de greve do INEM em outubro e novembro, tal como um inquérito aos eventuais atrasos no socorro.

A ministra da Saúde esteve esta quarta-feira no Parlamento. Ana Paula Martins garantiu que o Instituição Nacional de Emergência Médica não é para privatizar e que o INEM aciona meios para situações que não se justificam. “Mais de 80% dos meios poderiam ser rentabilizados”, declarou.

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