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Ribau Esteves. "Municípios reclamam há muito inspeção-geral dedicada em exclusivo às autarquias locais"

09 dez, 2024 - 11:51 • André Rodrigues

Vice-presidente da Associação Nacional de Municípios responde a anúncio da ministra da Justiça de que vai criar um organismo independente para fiscalizar as câmaras: "aguardamos que seja uma entidade com a devida capacidade legal e, obviamente, de recursos humanos para que o trabalho que é preciso fazer seja feito".

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“A Associação Nacional de Municípios Portugueses reivindica há muitos anos que o país volte a ter uma inspeção-geral dedicada em exclusivo às autarquias locais”, diz à Renascença José Ribau Esteves, vice-presidente da ANMP, reagindo à entrevista em que a ministra da Justiça anuncia a criação de um novo modelo de fiscalização das câmaras.

À Renascença, Rita Alarcão Júdice lembra que, desde a extinção da Inspeção-Geral das Autarquias Locais (IGAL), a controlo das autarquias foi assumida pela Inspeção-Geral das Finanças (IGF) que, segundo a ministra, não tem vocação para tal.

Perante a evidência de que “quase metade das denúncias que são apresentadas ao Mecanismo Nacional Anticorrupção, reportam-se à atuação das autarquias”, Rita Alarcão Júdice anuncia a intenção de entregar a fiscalização das autarquias a um organismo autónomo que dê “uma resposta mais ativa e mais focada a esta matéria”.

Perante este anúncio da ministra da Justiça, Ribau Esteves concorda que a IGF “nunca teve a capacidade que tinha antiga DGAL de fazer esse trabalho, que é importantíssimo e exigido em primeiro lugar pelos autarcas portugueses de regularmente fazer inspeções”.

“Havendo ainda interrogações sobre qual é o modelo que o Governo atual vai adotar, obviamente que este anúncio da ministra da Justiça vem dar resposta a uma velha reivindicação das câmaras municipais, aguardando apenas que seja uma entidade com a devida capacidade legal e, obviamente, de recursos humanos para que o trabalho que é preciso fazer seja feito”, conclui.

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  • Anastácio Lopes
    09 dez, 2024 Lisboa 13:48
    Não estaremos perante mais uma afirmação demagógica por parte de quem a fez? Quantas são as Administrações de Câmaras e Juntas de Freguesia que aprovam a criação de uma IGAL(Inspeção Geral das Autarquias Locais)? Se a aprovam porque terminaram com a que existia? è bom não esquecer quantos são os autarcas a braços com a Justiça, quantos perderam o mandato e quantos estarão por se juntarem a estes quando a Justiça os fiscalizar por falta dessa IGAL que seja isenta, e imparcial, o que nunca aconteceu. Se juntarmos a estas vergonhas municipais as ilegalidades que as autarquias cometem diariamente, estaremos a saber os motivos porque a autarquia de Lisboa precisa de uma Gebalis que não assume as suas responsabilidades, cometendo ilegalidades diariamente, ao ponto de me ter enviado um ofício há mais de um mês para substituírem um intercomunicador e passado todo este tempo não o fizeram porque nâo têm horários de funcionamento compatíveis com os do cidadão, ora para que serve uma empresa municipal que não responde às necessidades da população? Para nada. Deixo-vos aqui um exemplo perfeito para que este autarca nos prove porque acabaram com a IGAL e que querem quem os inspecione, do que esperam para criarem uma nova IGAL para punir os responsáveis da Gebalis e da CML, entre outras pelas ilegalidades que cometem pois nem os direitos dos inquilinos provam saberem respeitar. É para estas vergonhas que as autarquias pedem o voto aos portugueses quando dele necessitam? É isto que querem?

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