05 dez, 2024 - 15:14 • Redação
O Lisbon Gate, da concessionária “DreamMedia, apregoado como o “maior painel publicitário de Portugal”, esteve a ser alimentado diretamente pela rede pública durante seis meses, sem qualquer pagamento ao fornecedor, revela a “CNN” esta quinta-feira.
De acordo com documentos a que a “CNN” teve acesso, uma inspeção da E-Redes, a 6 de agosto, verificou uma “situação de apropriação indevida de energia elétrica”.
O painel, que tem 25 metros de comprimento e oito de altura, estava a ser alimentado através de um ramal de rede aérea.
Após a inspeção, os técnicos tentaram cortar o fornecimento energético ao painel, mas não foi possível concluir a operação, por questões de segurança.
Duas semanas mais tarde, a dia 23 de agosto, a E-Redes regressou ao local e interrompeu efetivamente o fornecimento elétrico.
A fiscalização aconteceu a pedido da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE).
A ERSE “tomou conhecimento do caso através de denúncia, tendo prontamente diligenciado junto do operador da rede de distribuição de energia elétrica, E-Redes, para que aferisse das condições de fornecimento da energia elétrica”, disse fonte oficial à “CNN”.
Num comunicado enviado à Renascença, a DreamMedia nega a notícia da “CNN”, especialmente "a utilização do termo 'roubo' que é falso e profundamente lesivo para a reputação da empresa, uma vez que a mesma já liquidou à E-Redes mais de 65.000€ de consumo de energia do Lisbon Gate”, afirma.
A empresa diz ainda que os atrasos e a instabilidade no fornecimento de energia ao painel “resultam exclusivamente de falhas operacionais e morosidade por parte da E-Redes”.
“Só reconheceu a validade das infraestruturas após uma disputa técnica que durou 9 meses e a empresa nunca foi notificada pela E-Redes para desligar o equipamento durante o processo.”
[Notícia atualizada às 15h30 de 6 de dezembro de 2024, para incluir resposta da DreamMedia e retificar o verbo utilizado no título]