30 nov, 2024 - 20:38 • Sandra Afonso , Olímpia Mairos
A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, mostrou-se, este sábado, confiante da vocação e missão dos profissionais de saúde, depois de impedir o encerramento de urgências no Natal e Fim de Ano.
“Temos equipas no Serviço Nacional de Saúde extraordinárias, vão conseguir, como sempre conseguiram, enfrentar o inverno; vão enfrentar aquilo que tiverem que enfrentar, vão criar com as condições que nós, também, obviamente, estamos a proporcionar, aquilo que é preciso para os portugueses”, diz.
Segundo a governante, a vocação e missão dos profissionais de saúde vem sempre ao de cima dos momentos mais importantes.
“E é isso que eu gostava de deixar hoje, aqui, porque o momento exige, que é, exatamente, dizer que a medicina e o exercício das profissões de saúde é uma missão e é uma vocação, e isso, nos momentos mais importantes, vem sempre”, completa Ana Paula Martins.
Joana Bordalo e Sá, presidente da Fnam, já reagiu a esta posição da Ministra da Saúde. O problema não são eventuais férias, é a falta de médicos.
“A medicina não é um sacerdócio, o trabalho médico, é um trabalho de extrema responsabilidade e que tem que ser devidamente compensado”, diz Joana Bordalo e Sá, acrescentando que, “se faltam profissionais e faltam médicos, não é porque os médicos vão de férias, é porque, de facto, não há médicos suficientes para garantir todo o serviço que é feito”.
Mais: a presidente da Fnam lembra que, nesta altura, não haverá médicos de férias e, mesmo assim, a sua falta obriga a encerrar serviços.
“Neste momento não estamos em período de férias e temos vários serviços de urgência encerrados da obstetrícia, como, por exemplo, na Margem Sul, em Vila Franca de Xira, em Santarém, em Leiria. E temos também grandes constrangimentos, por exemplo, na urgência pediátrica, como no Beatriz Ângelo e no Barreiro, que são urgências que estão fechadas e nós não estamos, neste momento, em período de férias”, conclui.