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Joana Bordalo e Sá: "A medicina não é um sacerdócio"

30 nov, 2024 - 20:55 • João Cunha

A presidente da Fnam responde assim às declarações da ministra da Saúde que, este sábado, se mostrou confiante da vocação e missão dos profissionais de saúde, depois de impedir o encerramento de urgências no Natal e fim de ano.

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Joana Bordalo e Sá, a presidente da Fnam - Federação Nacional dos Médicos - responde desta forma às declarações da ministra da Saúde, que dizendo-se confiante que o Plano de Inverno para o Serviço Nacional de Saúde vai resultar, referiu que os profissionais de saúde sabem, como sempre, responder às necessidades nos momentos mais críticos.

Para organizar a resposta dos cuidados de saúde primários e hospitalares no inverno, altura de maior pressão sobre os serviços de urgência, o Ministério da Saúde decidiu, em despacho, que as urgências não podem fechar por falta de resposta. Ou seja, que as Férias de Natal e Ano Novo não podem abrir buracos nas escalas.

Para a Fnam, "se faltam profissionais e médicos não é porque os médicos vão de férias, é porque não há médicos suficientes para garantir que todo o serviço é feito".

Mais: a Fnam lembra que "neste momento não estamos em periodo de férias", e que mesmo assim, há várias urgências encerradas de obstetricia, "como na margem sul, em Vila Franca de Xira, Santarem ou Leiria".

A presidente da Fnam refere ainda existirem "grandes constrangimentos" nas urgências pediátricas, como no Beatriz Angelo e no Barreiro".

Joana Bordalo e Sá refere por isso que "a medicina não é um sacerdócio, é um trabalho de extrema responsabilidade que tem de ser devidamente compensado". E deixa um conselho aos médicos que trabalhem com equipas reduzidas, "abaixo dos mínimos e sem condições"

"Que coloquem as escusas de responsabilidade, sendo que os unico responsável em caso de constrangimentos ou excesso de mortalidade é o próprio Ministério da Saúde e Ana Paula Martins, que nada faz para garantir mais médicos".

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