29 nov, 2024 - 15:41 • André Rodrigues , Cristina Nascimento
O diretor-geral dos Estabelecimentos Escolares João Miguel Gonçalves acredita que a inteligência artificial vir a ser “o trampolim para fazermos as ruturas que nunca conseguimos fazer no sistema educativo”.
Na conferência "A cidade como motor de transformação social", organizada pela Câmara Municipal de Paços de Ferreira, em parceria com a Renascença, João Miguel Gonçalves disse acreditar que as novas tecnologias podem modificar por completo a figura do professor, os tempos escolares e a dinâmica dos grupos e dá alguns exemplos.
“Há já, neste momento, um conjunto de instrumentos que são muito mais eficientes do que um ser humano a ensinar a ler, por exemplo, ou a melhorar as competências de leitura”, exemplificou João Miguel Gonçalves, antevendo que o professor pode já ser dispensado de “ensinar a todos como se fossem um só, 25 ou 30 ao mesmo tempo”.
“Pode ser apenas o organizador da aprendizagem, que é muito mais personalizada e individualizada”, preconiza.
João Miguel Gonçalves reconhece que esta é uma revolução que “parece uma coisa futurista”, mas, assegura já há escolas com outros paradigmas.
“Há escolas em que os alunos entram à segunda-feira, há uma espécie de reunião geral para pensar o que é que vão fazer durante aquela semana e depois cada um desenvolve os seus projetos”, descreve.
O diretor-geral adianta que, nestes estabelecimentos de ensino, “as salas de aula já não têm paredes e os espaços escolares são completamente diferentes”.
“É um grande desafio, mas eu sou profundamente otimista relativamente ao futuro”, remata.