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Conferência Renascença/CM Paços de Ferreira

​Ensino profissional tem mais saída e dá salários mais altos, mas ainda tem “marca negativa”

29 nov, 2024 - 14:44 • Cristina Nascimento

Diretor-Geral dos Estabelecimentos Escolares revela também que já há uma aproximação do nível etário dos estudantes do ensino profissional e dos cursos cientifico-humanísticos.

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O ensino profissional garante salários mais altos à saída do 12º ano, mas ainda carrega uma “marca negativa”.

Estas são duas ideias que foram expressas na conferência promovida pela Câmara Municipal de Paços de Ferreira, em parceria com a Renascença, no painel sobre “Ensino Profissional e o seu papel no desenvolvimento de políticas públicas adequadas ao contexto local e empresarial”.

O diretor-Geral dos Estabelecimentos Escolares, João Miguel Gonçalves, lembra que há quase 30 anos o ensino profissional era visto como uma via que era frequentada por estudantes oriundos de famílias pertencentes a classes socioeconómicas mais baixas, o que já não acontece anualmente.

João Miguel Gonçalves revela que a idade dos estudantes comprova os “imensos passos” dados.

“Há 28 anos muito raramente um aluno chegava a um curso profissional sem ter tido uma ou duas retenções, o que fazia com que o nível etário de quem frequentava cursos profissionais fosse muito mais elevado. Atualmente, estamos praticamente com uma faixa etária quase igual ao ensino cientifico-humanístico”, explica.

No mesmo painel participou também Patrícia Silva Castro, da Trust Advisor for Innovative Ecosystems. Patrícia Silva Castro, ela própria antiga estudante de um curso profissional, abordou as diferenças de empregabilidade e salários à saída do 12º ano dos cursos profissionais.

Patrícia Silva Castro deu como exemplo o caso de soldadores “de 22 anos, na indústria, que, às vezes, ganham duas, três, quatro vezes mais do que o salário mínimo nacional”.

Já Luís Ceia, vice-presidente da Associação Empresarial de Portugal (AEP) considerou que “há um desfasamento quer quantitativo, quer qualitativo entre aquilo que são as necessidades das empresas e aquilo que existe neste momento disponível de recursos humanos no mercado”.

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