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Detetado surto de hepatite A no Algarve com 25 casos

29 nov, 2024 - 20:52 • Anabela Góis , Marta Pedreira Mixão

Diretora do Departamento de Saúde Pública da ARS Algarve, Ana Cristina Guerreiro, confirma surto "entre o concelho de Faro e Olhão" e que correspondem "maioritariamente a crianças e jovens".

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Foi detetado um surto de hepatite A na região do Algarve, com um total de 25 casos até à data, na sua maioria em crianças e jovens.

Em declarações à Renascença, a diretora do Departamento de Saúde Pública da ARS Algarve, Ana Cristina Guerreiro, confirmou os 25 casos, "entre o concelho de Faro e Olhão" e que correspondem "maioritariamente a crianças e jovens", com 16 casos notificados, e também adultos (nove), entre os quais uma profissional de saúde.

A notificação do primeiro caso no Algarve ocorreu a 15 de agosto deste ano, mas o surto continua ativo, sendo que a mais recente foi a 26 de novembro.

Ana Cristina Guerreiro esclarece ainda que os afetados, com exceção da profissional de saúde, "são pessoas que vivem condições precárias, casas com más condições", nomeadamente de higiene e salubridade, o que favorece a transmissão deste tipo de doenças.

A diretora recorda ainda que a transmissão da hepatite A dá-se, maioritariamente, por via "fecal-oral, falta de higiene, as mãos sujas, ir comer sem lavar as mãos".

Todos os casos identificados foram sintomáticos, com febre, icterícia, acolia, dores abdominais, fadiga, anorexia, náuseas e vómitos, entre outros. A diretora refere ainda que houve necessidade de internamento em alguns casos, nomeadamente de crianças, mas todos já tiveram alta.

Apesar de ter sido realizada uma investigação, até ao momento, não foi detetado a origem do surto.

Para evitar a transmissão da doença foram realizadas a identificação de contactos, a vacinação contra a hepatite A, sendo que se realizou a vacinação de 157 pessoas.

Esta notícia surge depois de a Unidade de Saúde Pública (USP) do Baixo Alentejo ter revelado também, esta sexta-feira, a existência de um surto de hepatite A, com origem no Algarve, com seis casos no Bairro das Pedreiras, em Beja.

A USP diz ter realizado os inquéritos epidemiológicos e o respetivo estudo ambiental, que confirmaram a origem do surto na região do Algarve e que no Baixo Alentejo ocorreu apenas transmissão de contactos próximos.

Em comunicado, a Unidade de Saúde do Baixo Alentejo adianta ter sido realizada, como medida de prevenção e mitigação da transmissão da doença, uma campanha de vacinação comunitária no Bairro das Pedreiras de 22 a 25 de outubro.

Foram vacinadas centenas crianças e jovens com idades até aos 18 anos, acrescentou a USP, referindo que a vacinação foi dirigida à população com indicação neste surto e incluiu ações de sensibilização e promoção das medidas preventivas da transmissão da doença.

De acordo com a USP, o primeiro caso de hepatite A no Baixo Alentejo foi registado em 18 de setembro e o último, associado ao surto do Bairro das Pedreiras, teve início de sintomas há mais de um mês.

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