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Educação

“Faz-te Ouvir”. Alunos do Secundário começam semana de luta

18 nov, 2024 - 06:00 • Cristina Nascimento

Há mais de 30 escolas que serão palco de várias iniciativas de protesto em nome de mais investimento na escola. Numas haverá concertos, noutras pinturas de faixa e noutras concentrações de estudantes.

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Mais de 30 escolas secundárias de todo o país vão ser palco esta semana de ações de contestação dos estudantes.

Entre esta segunda-feira e sexta-feira, haverá pinturas de faixas, concentrações e até concertos reivindicativos.

É a semana de luta sob o lema “Faz-te Ouvir” que é lançada plo movimento “Voz aos Estudantes”.

Tiago Antunes, membro deste movimento, enumera as questões que mais o preocupam.

“Houve milhares de estudantes que começaram este ano letivo sem professor a pelo menos uma disciplina e muitos deles ainda não têm professor a pelo menos uma disciplina”, começa por dizer Tiago. Depois, “há várias escolas com falta de funcionários que não garantem que elas possam funcionar nas condições mínimas e até têem espaços fechados precisamente por causa disso”.

Este estudante destaca ainda “o rácio de psicólogos qe na maioria das escolas, é muito baixo para a quantidade de estudantes que existem e especialmente com estas questões dos problemas da saúde mental que cada vez mais se colocam”.

Tiago Antunes lembra ainda que outra das principais reivindicações prende-se com “a necessidade urgente de obras em várias escolas”.

O movimento pede ainda o fim dos exames nacionais, por considerarem que esse sistema de avaliação “acentua desigualdades”.

Exige também uma verdadeira democracia na escola.

“Nós vimos desde o início deste ano letivo ataques contestantes à liberdade dos estudantes de poderem realizar reuniões gerais de alunos, ataques constantes à liberdade de realização de processos eleitorais democráticos para as associações de estudantes e, claro, um modelo de gestão que existe para a escola pública, que é profundamente antidemocrático, que concentra os poderes na figura de um diretor de escola e que garante aos estudantes pouca ou nenhuma representação dentro dos órgãos de gestão da escola”.

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