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Orlando Carvalho é o novo diretor-geral dos Serviços Prisionais

13 nov, 2024 - 20:06 • Filipa Ribeiro , com redação

Anúncio foi feito esta quarta-feira pela ministra da Justiça. Mudança na Direção-Geral de Reinserção e dos Serviços Prisionais acontece dois meses após a fuga de cinco reclusos de Vale de Judeus.

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Orlando Carvalho é o novo diretor-geral dos serviços prisionais, anunciou a ministra da Justiça, Rita Júdice, esta quarta-feira, no Parlamento.

Orlando Carvalho deixa o Estabelecimento Prisional de Coimbra e vai assumir a chefia da Direção-Geral de Reinserção e dos Serviços Prisionais (DGRSP). Entre 2007 e 2013, foi diretor do estabelecimento prisional de Vale de Judeus.

O número dois da DGRSP vai ser Paulo Rio, que dirigia até agora o estabelecimento prisional do Funchal, adiantou a ministra da Justiça.

A diretora-geral interina, Maria Isabel Leitão, vai voltar às suas anteriores funções na parte financeira da Direção-Geral de Reinserção e dos Serviços Prisionais.

Ocupava o cargo provisoriamente desde a demissão de Rui Abrunhosa Gonçalves, de diretor-geral de Reinserção e Serviços Prisionais, a 10 de setembro, na sequência da fuga de cinco reclusos da prisão de Vale de Judeus, em Alcoentre.

"Penso que assim estaremos em melhores condições para que com esta nova direção podermos trabalhar em soluções, em todos estes problemas que foram aqui trazidos", declarou a ministra Rita Júdice, no debate na especialidade do Orçamento do Estado para 2025.

De acordo com a ministra, está previsto o investimento de 5,6 milhões de euros nos estabelecimentos prisionais para o próximo ano.

Ministra encontrou cenário "drástico"

Sobre a auditoria às prisões pedida depois da fuga de Vale dos Judeus, Rita Júdice diz que falta inspecionar apenas uma das 49 prisões portuguesas.

A ministra da Justiça revelou ainda que quando tomou posse não imaginava o que iria encontrar, deixando críticas à gestão feita pelo anterior Governo.

“Quando a 2 de abril tomei posse como ministra da Justiça, estava longe de imaginar que o nível de insuficiências que atingiam as prisões, os tribunais, as conservatórias ou os centros educativos era tão drástico, mas a realidade superava qualquer discurso batido de falta de meios para a Justiça”, começou por referir.

“Encontrámos prisões com problemas de abastecimento de água, edifícios sem condições físicas para acolher funcionários, carrinhas de transporte de presos avariadas a caminho dos tribunais, elevadores parados em edifícios com sete andares e a tudo isto se somava a greve de mais de um ano dos funcionários judiciais, a greve dos guardas prisionais, a greve dos profissionais dos registos, a greve dos técnicos de reinserção social”, sublinhou Rita Júdice.

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