12 nov, 2024 - 06:10 • Jaime Dantas
O presidente da Sociedade Portuguesa de Pneumonologia (SPP), António Morais, considera que Portugal "tem um problema com a pneumonia".
Em declarações à Renascença, o presidente da SPP sublinha que o país "está acima da média da OCDE" no que toca ao número de óbitos, estando a pirâmide etária envelhecida na base destes indicadores.
"Temos uma grande carga de doença naqueles que são mais velhos. A média de idade de morte por pneumonia é acima dos 80 anos e é exatamente este o setor mais complicado", diz António Morais.
Com a chegada do inverno e das infeções víricas, como o vírus da gripe e a COVID-19, aquilo que pode acontecer é que estas mesmas infeções causarem pneumonia", explica.
O motivo deste desempenho é a "falha na prevenção" da doença, sublinha o especialista.
"É preciso sensibilizar mais para a vacinação contra a pneumonia pneucócita, melhorar as condições de vida dos mais idosos e adotar medidas anti-tabagismo e de correção do risco cardiovascular", defende.
Apesar deste cenário, o país tem visto " uma melhoria dos valores", lembra Anónio Morais, que reporta para os "números mais recentes, que dão conta de 5.600 mortes por pneumonia em 2017 para 3.700 em 2021".
"Ainda há muito por fazer neste contexto", conclui.