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"Tempos inesquecíveis"

Diretor nos tempos do PREC lembra Magalhães Crespo como "exemplo de liberdade"

12 nov, 2024 - 11:58 • André Rodrigues

Albérico Fernandes era diretor de Informação e Programas da Emissora Católica quando Magalhães Crespo entrou para a gerência. "Ele sabia que a liberdade era essencial para a Renascença ser livre e crescer."

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O presidente emérito do Grupo Renascença Multimédia, Fernando Magalhães Crespo, “mostrou bem aquilo que valia”, considera Alberico Fernandes, antigo diretor de Informação e de Programas da Emissora Católica durante o período da revolução de 1974.

Nesse tempo, marcado por fortes tensões políticas e pela ocupação das antigas instalações no Chiado, em Lisboa, por militares e forças da extrema-esquerda, Alberico Fernandes – que viveu esse tempo lado a lado com Magalhães Crespo – recorda “um grande lutador, um homem que sabia o que queria e que tinha uma visão estratégica muito clara".

“A Rádio Renascença vivia um período de grande instabilidade e foi um período de luta pela nossa autonomia e pela liberdade da rádio, foram tempos inesquecíveis e de que nos orgulhamos muito", recorda o antigo diretor da Renascença.

Foi nesse contexto que Magalhães Crespo chegou à Emissora Católica, “trazendo uma nova visão de gestão e uma força de trabalho essencial para a sobrevivência da estação”.

"Lembro-me de, uma vez, ele dizer que uma rádio não é apenas constituída por locutores, jornalistas e animadores. É também por constituída por gestores e é verdade. Magalhães Crespo foi um gestor à altura para que a Renascença nunca deixasse de ser livre e cumprisse a sua missão, sem andar de mão estendida a pedir ajudas ao poder", sublinha.

“Exemplo de integridade e de respeito”

Para Alberico Fernandes, o presidente emérito do Grupo Renascença Multimédia “não era apenas um gestor experiente. Ele soube adaptar a Renascença aos novos tempos, trouxe um espírito de renovação e soube expandir a Renascença, com uma gestão moderna e eficiente, respeitando os princípios que a rádio representava. Ele sabia que a liberdade era essencial para a Renascença ser livre e crescer".

Num plano mais particular, o antigo diretor da Renascença recorda um gestor que “sabia ouvir e respeitar as pessoas. Era um exemplo de liberdade, de integridade e de respeito”.

"Ele prestou um grande serviço à Igreja e a Portugal", conclui.

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