08 nov, 2024 - 10:06 • Sérgio Costa , Olímpia Mairos
O presidente da Câmara de Vila Nova Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues, insiste estar inocente e diz que não faz sentido suspender o seu mandato como presidente da autarquia.
Apesar de o Tribunal da Relação ter confirmado a suspensão de mandato por alegado uso indevido de viatura da autarquia, Eduardo Vítor Rodrigues, que já anunciou recurso, diz à Renascença não fazer sentido a pena a que foi sujeito e não abandona a autarquia.
O autarca diz que é a questão do "ruído" o que mais o preocupa.
“Num país onde nós temos pessoas a falsificar assinaturas, pessoas a roubar, pessoas a fazer aquilo que a gente vai vendo no dia-a-dia, com decisões transitadas em julgado, eu acho que é particularmente estranho que ninguém pergunte se um alegado - sublinho falso -, uma alegada falsa utilização de uma viatura para ir à padaria, dá direito a perda de mandato”, afirma.
Questionado sobre se não poderia ter, eventualmente, suspendido a sua atividade, o autarca diz que “o que poderia ter acontecido era haver um enfoque de todos mais forte no perguntar porquê isto. Porque, senão, estamos apenas a descrever a realidade e não a exercer o papel crítico sobre ela”.
“Se eu tivesse roubado, se eu tivesse utilizado os recursos da Câmara para fins pessoais, se estivéssemos a falar de uma escala brutal,… Eu acho que toda a gente, com bom senso, fica a achar tudo isto muito ridículo, tudo isto muito exagerado, tudo isto muito estranho e pergunta-se qual é a agenda”, remata.