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Sindicato suspende greve dos técnicos do INEM

07 nov, 2024 - 18:02 • Ricardo Vieira

Paralisação suspensa após reunião com o Governo. Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar e Ministério da Saúde vão agora iniciar um processo negocial para valorizar salários e carreiras.

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O Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar suspendeu a greve às horas extraordinárias no Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), em vigor desde 30 de outubro.

A decisão foi tomada após uma reunião com a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, disse aos jornalistas o sindicalista Rui Lázaro.

"Foi estabelecido um protocolo negocial, que iniciará ainda este mês, para que se possam ser implementadas as tão necessárias soluções", declarou o dirigente do Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar.

Rui Lázaro diz que o sindicato e o Governo reconhecem os "constrangimentos" dos técnicos do INEM e as "causas", bem como "as soluções que é necessário implementar" em matéria de salários e da valorização da carreira.

Suspensa a greve, o Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar e o Ministério da Saúde vão agora iniciar um processo negocial. Rui Lázaro considera que a reunião desta quinta-feira dá sinais de esperança para um acordo final "satisfatório".

"Coincidimos com a necessidade de valorizar a carreira e o salário para níveis que nos deixam já esperançosos que possamos chegar a um entendimento satisfatório. Não é possível ainda discutir números, mas foi possível acordarmos que não será com dois ou três níveis remuneratórios que vamos chegar a entendimento. Terá que ser muito mais do que isso. É uma profissão muito desvalorizada", declarou o sindicalista.

A suspensão da greve aconteceu horas depois de o Presidente da República ter apelado a uma solução rápida para a atual situação no INEM. Em declarações aos jornalistas, Marcelo Rebelo de Sousa diz que "é urgente encontrar respostas rápidas”.

"Não gosto de falar de problemas específicos da governação, mas naturalmente entendo que é muito importante que se tenha presente que a administração pública tem como função servir as pessoas, servir os cidadãos", reitera, recusando-se a falar em casos concretos ou na greve às horas extraordinárias no INEM.

O apelo do Presidente aconteceu após, pelo menos, cinco casos de pessoas que morreram após demora no socorro, nos últimos dias.

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, admitiu uma “situação grave” no Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), de necessidade do reforço da resposta, afirmando esperar que a greve seja desmobilizada e que o atendimento seja regularizado.

“Em primeiro lugar, deixe-me dizer-lhe que nós não temos a certeza que os óbitos ocorreram em função da falta de capacidade de resposta do INEM ou do atraso no atendimento de chamadas, [mas] a verdade é que, neste momento, há uma situação que é uma situação grave de necessidade de reforço da capacidade de resposta do INEM”, disse Luís Montenegro, em declarações aos jornalistas em Budapeste, onde decorre uma cimeira da Comunidade Política Europeia.

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