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Função Pública

“Mais vale um pássaro na mão.” Fesap admite acordo para aumentos na Função Pública

04 nov, 2024 - 13:44 • Carla Fino , Olímpia Mairos , com Lusa

Secretariado nacional da Fesap vai reunir-se esta tarde para decidir se assina o Acordo Plurianual de Valorização dos Trabalhadores da Administração Pública para o período entre 2025 e 2028 com o Governo de Luís Montenegro.

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O Governo melhorou “um bocadinho” a proposta sobre aumentos da Função Pública para 2025, mas a Federação dos Sindicatos da Administração Pública e de Entidades com Fins Públicos (Fesap) considera que a proposta ainda não é suficiente.

A proposta do Executivo aponta para um aumento de 2,15% para 2025 e 2026 e uma subida de 0,05%, e de 2,3% para 2027 e 2028.

No que respeita às outras reivindicações da Fesap, nomeadamente sobre um eventual aumento do subsídio de alimentação, o Governo continua a afastar essa hipótese, mas nas ajudas de custo “propõe um aumento de 5% depois de 10 anos de congelamento”.

Também no que concerne às carreiras não revistas, houve uma “aproximação” do lado do executivo, de modo a que estas possam ser revistas em “2025, 2026”, isto é, num calendário mais apertado.

À saída da reunião suplementar com a secretária de Estado da Administração Pública, Marisa Garrido, em Lisboa, José Abraão disse que a proposta fica aquém do desejado, mas acredita que se possa chegar a um entendimento.

“A FESAP apresentou uma proposta concreta, baixando a sua proposta como um esforço grande de aproximação. O Governo, agora, tem a bola”, diz.

O secretariado nacional da Fesap vai reunir-se esta tarde para decidir se assina o Acordo Plurianual de Valorização dos Trabalhadores da Administração Pública para o período entre 2025 e 2028 com o Governo de Luís Montenegro.

“A haver qualquer entendimento, como já temos até 2026, isto é bom para os trabalhadores, é positivo para os trabalhadores, sabem com o que podem contar”, assinala José Abraão.

O secretário-geral da Fesap deixa, no entanto, o aviso de que “se a qualquer momento considerarmos que é insuficiente, já sabemos como tratarmos essas coisas”.

“E, portanto, neste quadro, vamos avaliar a proposta que o Governo faz. Como digo, fica aquém daquilo que eram as nossas expectativas, mas vale mais, como dizia - já na última vez que aqui estive - um pássaro na mão do que dois a voar”, conclui.

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  • Anastácio Lopes
    04 nov, 2024 Lisboa 14:35
    Quando é que esta FESAP aprende a dizer Não ao Governo, apesar da sua politização? 1- Para subscrever um acordo que apenas vai empurrar mais uns milhares de funcionários públicos para a pobreza, não obrigado. 2- Para subscrever um pseudo acordo que mantenha a não devolução na íntegra, livre de impostos, dos Subsídios de Férias e de Natal aos trabalhadores, não obrigado. 3 - Assinar um acordo que mantenha os trabalhadores DEFICIENTES e LICENCIADOS, a serem vítimas de reais homicídios profissionais, impedidos de ingressarem na carreira de Técnico Superior e de se realizarem profissionalmente, não obrigado. 4 - Assinar um pseudo acordo que não permite recuperar parte do poder de compra que se perdeu aquando da vinda da Troika, não obrigado. 5 - Assinas um acordo que não valoriza as carreiras profissionais e que por isso não nos dê nenhum estimulo, nenhuma motivação nem empenho, não obrigado. Enquanto todas estas vergonhas sindicais e nacionais nos forem impostas, não precisamos que ninguém subscreva um suposto acordo que não respeita nenhuma destas vergonhas aqui descritas, pois esta FESAP não existe para fazer acordos que em nada satisfazem as necessidades dos que dizem respeitar, assim desrespeitados, como imagem de marca do que sempre fizeram para mal dos trabalhadores.

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