04 nov, 2024 - 17:08 • Lusa
Quarenta e seis meios de emergência do INEM estiveram parados devido à greve desta segunda-feira, que provocou ainda mais de 100 chamadas para o 112 em espera, anunciou o Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar (STEPH).
"O número total de pessoas a atender as chamadas do 112 aproximou-se de um terço do que deveria ser um turno normal", adiantou à Lusa o vice-presidente do sindicato, ao salientar que esses dados refletem a adesão à paralisação da administração pública, mas também à greve às horas extraordinárias dos técnicos de emergência pré-hospitalar.
Segundo Rui Cruz, estiveram parados no turno da manhã, que terminou às 16h00, 46 meios de emergência do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) em todo o país, a maioria ambulâncias de emergência médica.
Estas greves tiveram uma "repercussão muito significativa" nos quatro Centros de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) existentes em Lisboa, Porto, Coimbra e Faro, o que fez com que "houvesse um número muito diminuído de técnicos a atender as chamadas da linha 112", avançou o dirigente sindical.
A meio da manhã, "ultrapassou-se a barreira das 100 chamadas em espera que não diminuiu até à hora de almoço", referiu Rui Cruz, ao apontar o exemplo do CODU de Lisboa, o maior do país, que "tinha apenas quatro pessoas a atender as chamadas, quando devia ter 18".
"Já tivemos registo de mais 120 chamadas em espera, com algumas delas com tempo de aproximadamente 30 minutos, que são reflexo da carência de técnicos para atender essas chamadas", referiu o vice-presidente do STEPH, ao adiantar que espera para o turno da tarde efeitos semelhantes aos registados durante a manhã.
Os trabalhadores da Administração Pública voltaram a cumprir esta segunda-feira uma greve convocada pela Federação Nacional de Sindicatos Independentes da Administração Pública e de Entidades com Fins Públicos (Fesinap).