30 out, 2024 - 00:30 • Lusa
A Câmara de Vila do Conde inaugurou esta terça-feira as primeiras 42 casas construídas no âmbito do programa de habitação 1.º Direito, pretendendo disponibilizá-las, até ao final do ano, a custos controlados, a famílias com carências.
"É um dia marcante. Somos dos primeiros, se não mesmo o primeiro município, a concluir a construção de novas habitações, feitas de raiz, no âmbito do programa de apoio à habitação 1º Direito, adaptando a realidade do concelho às possibilidades que os fundos comunitários nos concediam nesta matéria", disse o presidente da Câmara de Vila do Conde, Vítor Costa.
Neste complexo residencial, situado na parte nascente da cidade, estão ainda ser construídas mais 79 habitações, sendo que 36 fogos estarão prontos no início de 2025.
O presidente da Câmara reiterou o objetivo de construir, no concelho, 600 novos fogos e reabilitar mais de 800 do parque habitacional do município, num investimento superior a 100 milhões de euros, com o objetivo de "proporcionar o acesso a habitação digna e de qualidade a mais de 1600 famílias do concelho".
Neste mesmo dia, foi também inaugurada uma unidade residencial na freguesia de Vilar do Pinheiro com capacidade para 23 agregados familiares, também feita no âmbito do programa 1.º Direito, num investimento de 1.7 milhões de euros, da Santa Casa da Misericórdia de Vila Conde.
Na inauguração dos dois complexos esteve o ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, que salientou o esforço estatal para complementar o investimento vindo através dos fundos comunitários para este capítulo da habituação.
"Portugal está muito grato pelo apoio da Europa, através do PRR, mas o governo não pode deixar de sinalizar que não chegou. Os autarcas foram muito mais além, candidataram 59 mil fogos, sendo que nos primeiros 26 mil, a dotação financeira da Europa já não era suficiente", detalhou o ministro.
Miguel Pinto Luz vincou que o governo teve de aumentar a dotação do Orçamento de Estado para esta rubrica, apontando um valor de 2,8 mil milhões de euros e falando "no maior investimento público feito em Portugal".
"É mais do dobro do que o PRR tinha previsto. Agradecemos o esforço da Europa, fruto do PRR, mas os contribuintes portugueses também fizeram um esforço adicional para termos estas habitações", completou o ministro das Infraestruturas e Habitação.