29 out, 2024 - 12:58 • João Cunha , Olímpia Mairos
São dados preocupantes, mas infelizmente não são de hoje. É desta forma que a Liga Portuguesa Contra o Cancro reage aos dados revelados esta terça-feira pela Entidade Reguladora da Saúde, que indicam que 22% dos doentes oncológicos foram operados fora do prazo máximo definido por lei.
O relatório mostra ainda que mais de 7.300 pessoas aguardavam, em junho, por uma primeira consulta de diagnóstico oncológico e que 82% destes doentes já tinham ultrapassado o tempo máximo de resposta.
Em declarações à Renascença, o presidente da Liga Portuguesa Contra o Cancro, Vítor Veloso, diz que a situação, preocupante, deve ser encarada pelo Ministério da Saúde, a quem a Liga já expressou a sua preocupação.
“Isto não é de hoje nem de ontem, isto é uma repetição do antigamente”, diz.
Vítor Veloso diz conhecer bem “todas as situações em que há uma resposta tardia ao tempo máximo de espera”, esperando que “o ministério encare esta situação, como encarou, para bem, as cirurgias oncológicas que estavam em lista de espera”.
“Esperamos também que encare, da mesma maneira, estes tempos máximos que foram ultrapassados”, insiste.
Ainda de acordo com a Entidade Reguladora da Saúde, a percentagem de cirurgias oncológicas realizadas fora dos tempos máximos recomendados aumentou no primeiro semestre do ano.