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“Atualização não é o problema, mas sim o valor das rendas”, diz a Associação dos Inquilinos Lisbonenses

22 out, 2024 - 13:49 • Ana Fernandes Silva , Olímpia Mairos

A atualização no próximo ano será de 2,16% e aplica-se aos contratos em curso. Contudo, a lei prevê que o senhorio possa atualizar a renda com referência aos coeficientes dos três anos anteriores, caso tenha decidido deixar a renda inalterada.

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A Associação dos Inquilinos Lisbonenses considera que a atualização das rendas “não é o problema, mas sim o valor das rendas”.

A atualização no próximo ano será de 2,16% e aplica-se aos contratos em curso. Contudo, a lei prevê que o senhorio possa atualizar a renda com referência aos coeficientes dos três anos anteriores, caso tenha decidido deixar a renda inalterada, resultando num aumento de 11,1%.

Em declarações à Renascença, António Machado considera que o principal problema reside sobretudo no valor da renda.

“O problema não está neste tipo de atualização do valor da renda, é uma atualização monetária, que tem em conta o desgaste provocado pela inflação, e, depois, também relativamente a outros preços e aos rendimentos, o problema não está na atualização, o problema está no valor já da renda”, declara.

Com a lei do Mais Habitação, as rendas antigas, anteriores a 1990, podem ser atualizadas de acordo com o coeficiente que tem por base a inflação média sem habitação registada em agosto, o que significa que estes contratos poderão ser atualizados em 2,16% caso já tenham decorrido mais de 12 meses desde a atualização anterior. No caso das rendas que que se mantiveram inalteradas nos últimos anos, a atualização pode ser de 11%, já em 2025.

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  • Anastácio Lopes
    22 out, 2024 Lisboa 13:25
    e totalmente estranha esta afirmação em nome de uma associação que tem por objetivo defender os inquilinos. Pois se assim não fosse, como compreender, justificar e aceitar que quem fez tal afirmação nada tenha dito sobre as obras de conservação e manutenção que a maioria do parque habitacional há décadas necessita? Será que tal como as autarquias, aguardam que seja a natureza a acabar com o que resta da maioria das supostas habitações para então assumirem as responsabilidades que já hoje têm e que não assumem no que diz respeito a fazer algo para pelo menos não agravar ainda mais o parque habitacional? Como podem realmente os inquilinos serem defendidos, quando, da parte de quem os deve defender, pois é para isso que existe, tal associação nem uma letra diz sobre qualquer obra de conservação ou manutenção das habitações que dessas obras necessitam, para se manterem e não ser a natureza a acabar com o que resta das mesmas? Mal dos inquilinos que assim se vê como são ficticiamente defendidos.

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