21 out, 2024 - 16:42 • Ana Fernandes Silva
A diretora da Obra Católica Portuguesa de Migrações (OCPM) defende que "não se pode ver os centros de instalação temporária como um centro que vai deter pessoas criminosas" — um alerta que surge em reação ao anúncio do primeiro-ministro, Luís Montenegro, da criação de dois centros de instalação temporária de migrantes no Porto e em Lisboa.
À Renascença, Eugénia Quaresma diz que esses espaços devem funcionar como um "espaço de triagem", ou seja, servir para avaliar quem chega ao país e em que condições.
A diretora da OCPM considera que "para a igreja não faz sentido falar em imigração ilegal porque a maior parte das pessoas que chegam a Portugal não chegam em situação ilegal, ficam em situação irregular e, isto tem muito mais a ver com o sistema administrativo do que com a polícia".
Eugénia Quaresma refere que "é preciso garantir" que a população migrante que vem para trabalhar está, de facto, preparada para os diferentes serviços que vão efetuar no país: "Portanto, importa preparar não só os nossos serviços, mas também todos os diferentes serviços, desde as escolas, os serviços de saúde, os serviços administrativos."