14 out, 2024 - 11:15 • André Rodrigues , Beatriz Lopes , João Malheiro com Redação
Há bombeiros em protesto no Quartel da Ajuda, em Lisboa, contra salários em atraso, confirmou a Renascença.
Segundo apurou a RR, há pelo menos três operacionais envolvidos na ação de protesto.
Os bombeiros rejeitam a ideia de estarem barricados nesta ação de protesto, mas recusam-se a prestar qualquer tipo de serviço.
Esta posição é corroborada por José Monteiro Pinto, tesoureiro da direção dos Bombeiros Voluntários da Ajuda, que assegura que não existem barricados dentro do quartel. "Se forem barricados é porque chegaram esta manhã", ironiza.
Segundo o tesoureiro, o que está a acontecer, na realidade, é que "desde o dia 25 de setembro" há "três funcionários que se recusam a trabalhar". Desses trabalhadores, constam duas mulheres e um homem, todos bombeiros. Os profissionais estão, assim, dentro das instalações porque estão "no seu local de trabalho", mas recusam-se a prestar "serviço de socorro".
À Renascença, José Monteiro Pinto confirma o atraso nos pagamentos dos ordenados correspondentes ao mês de setembro. "Faço o possível para mantermos esta casa viva", confidencia. Contudo, diz que as complicações causadas por estes três bombeiros não são favoráveis à resolução do problema. "As equipas que não saem para a rua não conseguem realizar capital para podermos pagar os ordenados", diz.
"Nós poderíamos imediatamente exercer o nosso direito e fazer-lhes um processo", avança. Contudo, é um cenário que não está, para já, em cima da mesa.
"Há uma tentativa clara de criar aqui uma confusão, mas não sei qual o objetivo", conclui.
[Notícia atualizada às 13h34 de 14 de outubro de 2024 para acrescentar declarações do tesoureiro da direção dos Bombeiros Voluntários da Ajuda]