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Governo reúne com sindicatos da Função Pública para discutir salários

09 out, 2024 - 08:08 • Lusa

Discussão salarial antecede à entrega do Orçamento de Estado para 2025, o que causou algum "desconforto" aos sindicatos.

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O Governo vai reunir-se esta quarta-feira com as três federações da Administração Pública, tendo em vista a atualização geral dos salários dos funcionários públicos do próximo ano.

As reuniões que decorrem esta quarta-feira no Ministério das Finanças contarão com a presença da secretária de Estado da Administração Pública, Marisa Garrido, e têm como objetivo "dar início ao processo negocial geral, no âmbito da Administração Pública, previsto no artigo 350.º e seguintes da Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas".

Os encontros com os três sindicatos da Administração Pública vão decorrer em separado. O primeiro a ser recebido é o Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE), pelas 09h00. Já da parte da tarde, o Governo vai reunir com a Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (Frente Comum) e depois com a Federação dos Sindicatos da Administração Pública e de Entidades com Fins Públicos (Fesap).

O processo negocial anual de discussão de salários na Administração Pública arranca na véspera da entrega da proposta de Orçamento do Estado para 2025 (OE2025), o que causou algum "desconforto" aos sindicatos.

Não obstante, em declarações à agência Lusa, as três estruturais sindicais esperam que a reunião seja "profícua" e que o executivo seja "generoso" e tenha abertura para discutir a atualização geral dos salários do próximo ano.

Defendem, por isso, que o Governo pode ir além do previsto no acordo plurianual assinado pelo anterior executivo, liderado por António Costa, (e no qual a Frente Comum ficou de fora), que previa aumentos de cerca de 52 euros ou de 2% para a administração pública até 2026. De notar que a secretária de Estado da Administração Pública já garantiu que iria cumprir o acordo, mas não revelou se estaria disposta a ir mais além.

Os três sindicatos que representam a Administração Pública já apresentaram publicamente os respetivos cadernos reivindicativos e reclamam aumentos remuneratórios de, pelo menos, 6%.

Em concreto, a Fesap, afeta à UGT, propõe um aumento salarial de 6,5% em 2025, com uma atualização mínima de 85 euros para todos os trabalhadores do Estado, e uma subida do subsídio de refeição de seis para oito euros por dia.

Já a Frente Comum, afeta à CGTP, exige aumentos salariais de, pelo menos, 15%, com um mínimo de 150 euros por trabalhador, a partir de janeiro de 2025, e que o subsídio de alimentação seja aumentado para 10,50 euros.

Por sua vez, a Frente Sindical, liderada pelo STE, quer uma atualização salarial de, pelo menos, 6% e um aumento do subsídio de refeição de seis para 10 euros por dia.

Além da atualização salarial, da subida do subsídio de alimentação e do aumento das ajudas de custo, há outras matérias que constam nos respetivos cadernos reivindicativos e que as federações sindicais consideram fundamental ver discutidas, nomeadamente "a revisão das carreiras não revistas" e questões relacionadas com o SIADAP.

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  • Anastácio Lopes
    09 out, 2024 Lisboa 13:14
    Mais uma vez o país em geral e os funcionários públicos em particular irão ter a prova de que nunca viram os seus direitos defendidos por nenhum destes pseudo sindicatos até hoje. Será que haverá algum destes supostos sindicatos que proponha ao Governo um aumento anual superior para quem menos ganha e inferior para quem mais ganha, ao invés do que fizeram todos até hoje, ou limitar-se-ão a voltarem a propor mais uma vez, aumentos na base da percentagem, empurrando todos aqueles que dizem defender para as pobreza e miséria que é o que sempre fizeram? Mal dos funcionários públicos que continuam a ter sindicatos que ao fim de uma dúzia de anos desde que a Troika nos abandonou, ainda não souberam nem quiseram exigir a nenhum Governo a devolução integral dos Subsídios de Férias e de Natal a quem a eles tem direito, o mesmo é dizer que eliminem de uma vez por todas a dupla tributação sobre tais subsídios para a CGA, ADSE e IRS pois na antiguidade, apenas nos conta um mês motivo pelo qual é intelectualmente desonesto, imoral, injusto e inadmissível que continuem a tributar tais Subsídios com as cumplicidade e apoio destes pseudo sindicatos que nunca defenderam quem trabalha como este flagrante exemplo disso nos faz prova, ontem, hoje e amanhã. Até quando os funcionários públicos terão de serem vítimas destes pseudo sindicatos politizados e dos que os fingem dirigir?

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