09 out, 2024 - 00:04 • Anabela Góis
É o resultado de um protocolo entre o Centro de Responsabilidade Integrada de Dermatovenereologia da Unidade Local de Saúde de Almada-Seixal (ULSAS) e a ULS do Alentejo Central, que está sem a especialidade há vários meses.
Os dermatologistas da ULSAS, em horário suplementar, e em regime presencial, garantem resposta às necessidades dos doentes, a começar pelo que foram triados como muito prioritários ou prioritários.
Só no último sábado, 5 de outubro, foram feitas “cerca de 250 consultas e cerca de 30 cirurgias” diz o diretor do CRI. João Alves adianta que “muitos dos doentes já estavam em lista de espera há mais de um ano”. Para identificarem os casos mais urgentes “foram tirados cerca de 1.500 utentes e obviamente que vimos os doentes que eram muito prioritários e prioritários e com suspeita de patologia oncológica” adianta.
Na maioria dos casos, explica, “são doentes com patologia oncológica dermatológica, nomeadamente cancro cutâneo não melanoma, que é o mais frequente, e alguns doentes com patologia inflamatória também moderada a grave, mas a grande maioria foi por cancro cutâneo, não melanoma”.
João Alves que também é diretor do serviço de dermatologia do hospital Garcia de Orta admite que “ainda há casos suspeitos de cancro entre os doentes que ficaram para novembro” mas acredita que “na próxima visita presencial ao hospital de Évora será possível ver todos os doentes que faltam”
É uma iniciativa que envolve praticamente todos o serviço de Dermatovenereologia. Segundo diz João Alves “não vão todos de uma vez, porque depende da disponibilidade dos médicos já que este trabalho é feito em horário suplementar”
No dia 5 de outubro, as primeiras 250 consultas e 30 cirurgias, foram realizadas por 8 médicos.