08 out, 2024 - 19:31 • João Pedro Quesado
Chuva forte e persistente especialmente no Minho, rajadas até 95 km/h a norte do rio Mondego, e aumento da agitação marítima com ondas de 5 a 7 metros durante quarta-feira. São estas as prováveis consequências da passagem do ciclone Kirk a norte da Península Ibérica, que levaram a Proteção Civil a recomendar várias medidas preventivas para o final do dia desta terça-feira e início de quarta-feira.
Num aviso à população emitido esta terça-feira, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil recomendou “especial cuidado na circulação e permanência junto de áreas arborizadas” e o uso de “condução defensiva” para lidar com os prováveis efeitos da passagem do ciclone extra-tropical Kirk em direção ao continente europeu.
Entre os efeitos previstos pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) estão chuva persistente e “por vezes forte” até ao final da manhã de quarta-feira nas regiões Norte e Centro, “com maiores acumulados nas zonas montanhosas do Minho”. Os distritos de Braga e Viana do Castelo estão em aviso laranja devido à precipitação entre as 21h desta terça e as 9h desta quarta-feira.
Durante o dia desta terça-feira não haverá aulas n(...)
O IPMA prevê ainda vento com rajadas até 95 km/h a norte do Cabo Mondego durante a madrugada e manhã desta quarta-feira, podendo atingir os 120 km/h nas terras altas. A agitação do mar deve aumentar consideravelmente, com ondas com 4 a 5 metros que vão aumentar para 5 a 7 metros a partir do meio da manhã de quarta-feira, permanecendo assim o resto do dia. As ondas podem atingir “12 metros de altura máxima”.
O vento vai colocar os distritos de Aveiro, Braga, Porto e Viana do Castelo em aviso laranja entre as 0h e as 9h de quarta-feira. Os distritos de Bragança, Guarda, Vila Real e Viseu estão sob aviso laranja entre as 6h e as 12h.
A Proteção Civil pede também para a população “não atravessar zonas inundadas” para “precaver o arrastamento de pessoas ou viaturas para buracos no pavimento ou caixas de esgoto abertas”, garantir “a adequada fixação de estruturas soltas” e ainda “a desobstrução de sistemas de escoamento de águas pluviais”.
Um outro fator é o acumular de precipitação nas várias bacias hidrológicas dos rios acima do Norte e Centro durante as próximas 72 horas.