05 out, 2024 - 08:30 • Henrique Cunha
A vice-presidente da Associação de Cuidadores Informais, Maria Anjos Catapirra, queixa-se de que continuam por pôr em prática "medidas legisladas em novembro de 2023", de que são exemplo "o descanso do cuidador e o apoio domiciliário”.
“Era da máxima importância começarmos a ter o apoio domiciliário e o descanso do cuidador”, sublinha a responsável, em declarações à Renascença, depois de o Conselho de Ministros ter aprovado o Estatuto de Pessoa Idosa, que alarga o universo de cuidadores informais a não familiares e aumenta em 51 euros o subsídio do cuidador principal.
Maria dos Anjos Catapirra diz que os "cuidadores informais não têm vida própria" e reforça a ideia da necessidade de uma aposta efetiva no apoio domiciliário, porque “é bom que as pessoas tenham consciência de que ser cuidador informal neste país representa trabalho 24 horas por dia, 365 por ano".
"Quando queremos descansar, nem que seja uma hora, não temos condições”, reforça.
“O apoio domiciliário era das medidas mais importantes para termos o mínimo de hipóteses de poder ter uma vida própria”, insiste.
De acordo com as estatísticas, cerca de 10 por cento da população é cuidador informal. Os dados oficiais apontam para a existência de cerca de 16 mil cuidadores informais reconhecidos, dos quais apenas cerca de 5 mil têm direito a subsídio de apoio.
Maria dos Anjos Catapirra sublinha, por outro lado, que "uma grande maioria dos cuidadores são pessoas na faixa etária dos 55 a 65 anos; muitos com reformas antecipadas que não têm direito a subsídio de apoio por já terem uma reforma".