Trânsito da VCI é consequência da "falta de gestão" da rede de trânsito do Porto, diz especialista

Os problemas de trânsito na Via de Cintura Interna (VCI) são uma questão abordada há vários anos, mas a "gestão irracional" da autoestrada continua, diz à Renascença especialista em transportes Álvaro Costa.

Apesar de reforçar que "uma estrada só cria valor se tiver tráfego", o professor da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto atribui a responsabilidade deste problema ao "tráfego inútil" que "agrava o congestionamento".

Por isso, Álvaro Costa defende que "a lógica do sistema terá de ser feita diminuindo o valor das portagens na CREP e na A4 e, se houver uma questão de receita, taxar as radiais".

"O que neste momento está a ser feito é precisamente o contrário", aponta.

"Isto é uma manta de retalhos em que não se está a ver de forma global como é que se deve equilibrar as redes. Tem de haver alguém, um órgão político, um órgão técnico, tem de haver alguém que gira isto, porque neste momento não o está a ser", sublinha.

Para Álvaro Costa, a melhoria da gestão da infraestrutura "pode não resolver o problema" do congestionamento da VCI, mas é um passo essencial "para, depois, perceber o que é que vamos fazer para repor o equilíbrio" do trânsito.