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Conselho de Ministros

Governo contorna OE e foca-se nos passes ferroviários

04 out, 2024 - 19:23 • Tomás Anjinho Chagas

Conselho de Ministros realizou-se no Entroncamento e aprovou medidas como a redução do preço do passe ferroviário nacional para 20 euros. Montenegro voltou a esquivar-se do tema do OE enquanto o Governo espera por uma resposta do PS à contra-proposta apresentada esta quinta-feira.

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O primeiro-ministro, Luís Montenegro, insiste que "há mais vida além do Orçamento do Estado" e assegura que o governo está a trabalhar "a toda a velocidade" para resolver outros problemas do país.

Desta forma, o governo volta a fintar as perguntas feitas pelos jornalistas sobre as negociações do Orçamento do Estado, no rescaldo do encontro entre Luís Montenegro e Pedro Nuno Santos. O executivo aguarda assim pela resposta à contraproposta que entregou, onde adaptou o IRS Jovem e reduziu o corte no IRC.

As declarações foram feitas durante o briefing do Conselho de Ministros, esta sexta-feira, que foi realizado excecionalmente no Entroncamento, distrito de Santarém. Na reunião do Governo foram aprovadas 13 medidas no chamado "Pacote Mobilidade Verde", no valor de 115 milhões de euros.

Entre essas medidas está a confirmação da redução do preço do passe ferroviário nacional de 49 para 20 euros e o alargamento do passe gratuito para os menores de 23 anos (incluindo aqueles que não são estudantes).

É previsível que estas medidas provoquem um aumento da procura, mas o governo promete entregar quase 19 milhões de euros à CP por ano para compensar e o ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, assegura que não vai haver falta de comboios.

Vale para comprar carros elétricos

O governo anunciou ainda que uma pessoa que tenha um automóvel com mais de 10 anos de vida pode entregá-lo para abate e, em troca, recebe um vale de até 4 mil euros para comprar um carro elétrico - desde que o preço não ultrapasse os 38 mil e 500 euros.

Criação da Agência para o Clima

O executivo aprovou também a criação da Agência para o Clima, para conseguir gerir de forma mais eficiente o fundo ambiental. O fundo ambiental representa mais de 2 mil milhões de euros por anos, que servem, por exemplo para apoiar as famílias a trocar as janelas antigas por umas novas (PCV) mais eficientes.

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