02 out, 2024 - 06:00 • Anabela Góis
O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) tem estado a trabalhar com a Força Aérea, ao longo dos últimos dois meses, para testar e avaliar as aeronaves disponíveis e perceber em que contextos podem ser úteis à atividade de emergência médica, tanto no âmbito do serviço de helicópteros de emergência como no transporte integrado do doente crítico.
Em esclarecimentos enviados à Renascença, o gabinete de Sérgio Janeiro adianta que, em paralelo, está a ser feita uma análise ao mercado, para conhecer a operação noutros países e os valores que são praticados.
O objetivo é lançar o concurso público internacional o mais depressa possível, idealmente ainda neste mês de outubro, para que no início do ano já estejam reunidas todas as propostas, bem como as soluções resultantes do trabalho que está a ser desenvolvido com a Força Aérea.
Segundo o Ministério da Saúde, o INEM podia ter la(...)
Com a informação recolhida, o INEM acredita que terá condições para escolher a modalidade que melhor sirva o país. Sendo que ainda haverá tempo para testá-la, até ao fim do atual contrato, a 30 de junho de 2025.
Neste momento - adianta o INEM - todas as opções estão em aberto: o transporte aéreo de doentes urgentes pode ser entregue à Força Aérea; pode tal, como até agora, ser entregue a uma empresa civil através de concurso internacional, ou, ainda pode ser decidida uma solução mista, com a participação de diversas entidades.
O atual contrato - por ajuste direto, com a Avincis - termina em junho de 2025, mas a nova direção do Instituto Nacional de Emergência Médica quer encontrar uma solução com tempo para não se repetirem os erros ocorridos no corrente ano. O concurso internacional para aquisição do serviço não teve interessados, o INEM não teve autorização para aumentar o valor pago em tempo útil e, em última instância, para não perder o helitransporte pré-hospitalar viu-se obrigado a renovar o ajuste direto com o operador Avincis.
O INEM sublinha à Renascença que o dossier do serviço de helicópteros de emergência médica é prioritário, uma vez que dele depende a disponibilização dos meios de emergência médica pré-hospitalares mais diferenciados do sistema de emergência médica português.