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Distribuidoras pedem intervenção do Estado para combater o desperdício alimentar

30 set, 2024 - 09:58 • Ana Fernandes Silva

O diretor-geral da APED considera que é necessário agilizar processos ao nível fiscal, de recolha e de procedimentos para aumentar a doação de alimentos.

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É preciso a intervenção do Estado para combater o desperdício alimentar.

O apelo é da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) depois de este domingo ter-se assinalado o Dia Mundial de Combate ao Desperdício Alimentar.

Um tema que leva a APED a apresentar esta segunda-feira um conjunto de propostas "muito específicas para sensibilizar a população, o Estado e as famílias para a necessidade de sermos mais rigorosos e mais criteriosos na escolha dos alimentos e na manutenção dos alimentos".

À Renascença, Gonçalo Lobo Xavier diz ser fundamental sensibilizar as famílias para combater o desperdício alimentar.

"Todos temos responsabilidades, desde a produção à indústria, mas sobretudo as famílias, porque é em casa que se desperdiça mais alimentos", acrescenta.

O diretor-geral da APED considera que é necessário agilizar processos ao nível fiscal, de recolha e de procedimentos para aumentar a doação de alimentos.

"São muitos os obstáculos que nós achamos que podem ser ultrapassados, com uma abordagem sistemática que inclua a simplificação de processos, a flexibilização de critérios e restrições fiscais, a disponibilização de orientações claras sobre a legitimidade dos produtos para doação e, mesmo a melhoria e eficiência das entidades recetoras", refere.

Para que o desperdício alimentar seja cada vez menor, a APED está a "trabalhar em conjunto com outras associações para sensibilizar as entidades que gravitam à volta destes problemas, entre as quais a autoridade tributária, e a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE)".

Gonçalo Lobo Xavier acredita que este é um trabalho no qual "todos têm de estar envolvidos e trabalhar de forma dinâmica, com uma abordagem sistemática".

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