30 set, 2024 - 15:00 • Isabel Pacheco
Maria Adelaide, 72 anos, perdeu a casa e tudo o que tinha no incêndio que atingiu há 15 dias o município de Baião. “Herdei tudo e foi tudo.”
“Fiquei sem nada, só com uma camisola e umas calças. Mais nada”, conta a septuagenária que, desde então, vive em casa da irmã enquanto espera por ajuda para “reconstruir” a casa de onde “nem as paredes se salvaram”. “Perdi, tudo, tudo, tudo.”
Foi no alto do miradouro da Portela do Gouve, em Baião, que o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa e o primeiro-ministro, Luís Montenegro, ouviram, esta segunda-feira, a história de Adelaide. Ficou a promessa de ajuda. “Vamos pôr isso a andar”, assegurou Montenegro.
A acompanhar a comitiva esteve o autarca de Baião, Paulo Pereira, que pediu celeridade no processo.
“O que era importante era, realmente, ter uma resposta em função da expectativa que se criou”, sublinhou o socialista que, dirigindo-se ao chefe de Governo, contou que “as pessoas começam a perguntar, também, quando é que há estes apoios”.
Segundo o balanço ainda provisório do município, os prejuízos causados pelos incêndios rondam “os 5 milhões de euros”, num total de “47 infraestruturas atingidas”, entre “casas de primeira e segunda habitação e anexos”, revelou Paulo Pereira.
O fogo que atingiu a 15 de setembro Baião consumiu 6.500 hectares de área. Foi considerado, na altura, pelo autarca, como “um dos maiores de sempre” atingir o concelho.