25 set, 2024 - 12:30 • Lusa
A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) admite uma paralisação conjunta dos profissionais de saúde.
Aos jornalistas, Joana Bordalo e Sá diz que a possibilidade está em cima da mesa, caso nada seja feito para resolver os problemas do setor.
No dia em que enfermeiros e médicos cumprem o segundo dia de duas greves distintas, a representante da FNAM sublinha que o descontentamento é geral entre os profissionais do SNS e os protestos podem mesmo subir de tom.
"Se nada for feito, nós eventualmente até teremos que paralisar conjuntamente", afirmou, em frente ao Hospital de São João, no Porto, onde fez um ponto de situação deste protesto.
Joana Bordalo e Sá assumiu que, na terça-feira, "2/3 dos médicos fizeram greve" e que é esperada idêntica adesão durante o dia de hoje.
"Sente-se muito a nível dos blocos cirúrgicos. É, de facto, onde se sente mais. Portanto, foram milhares de cirurgias programadas que acabaram por ser canceladas, adiadas, assim como em termos de consultas de especialidade a nível hospitalar e consultas dos médicos de família nos centros de saúde", afirmou.
Acrescentou que "também os internamentos de medicina interna sofreram um forte impacto".
"Isto só demonstra mesmo o descontentamento que existe entre os médicos. Algo tem que ser feito para termos melhores condições de trabalho e salários mais justos", frisou a dirigente da Fnam.