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"É um empréstimo a três anos"

Comerciantes e exportadores de vinhos dizem que linha de crédito não resolve problemas na viticultura

22 set, 2024 - 23:20 • Alexandre Abrantes Neves , Salomé Esteves

Para Paulo Amorim, presidente da ANCEVE, os novos apoios do governo são simples paliativos e não resolvem o verdadeiro problema do setor: a falta de dinheiro.

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Os produtores de vinho consideram que os novos apoios do governo são simples paliativos e pedem mais ambição ao executivo de Luís Montenegro. Em causa está a linha de crédito de 100 milhões de euros para as cooperativas que o Ministério da Agricultura e Pescas anunciou este domingo.

Para Paulo Amorim, presidente da Associação de Comerciantes e Exportadores de Vinhos e Bebidas Espirituosas (ANCEVE), "esta medida basicamente é um empréstimo a três anos" e está longe de tratar "a base do problema" da crise da viticultura em Portugal: "remunerar melhor a viticultura".

Ouvido pela Renascença, Paulo Amorim lamenta que as políticas para o setor sejam "medidas avulsas" que respondem "a pedidos específicos", em vez de olharem para o setor como "uma política mais global".

Apesar de considerar elogiosas as palavras de Luís Montenegro sobre o setor, acredita que há espaço para definir "em conjunto um plano estratégico para os vinhos até 2030", que possa repor o valor do vinho português no plano internacional.

A medida, explicou o ministro da Agricultura e das Pescas à Renascença, serve para apoiar os produtores de uva que por vezes não recebem dinheiro das cooperativas. Para ter acesso ao apoio, as cooperativas e empresas devem candidatar-se, desde que comprem uva diretamente aos produtores.

A medida insere-se na estratégia do Governo para regulação do mercado de produção de vinho, permitindo aliviar constrangimentos de tesouraria.

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